![PM monitora mídias sociais para evitar guerra Vista da Arena da Baixada a partir da saída do vestiário do estádio: 900 policiais vão trabalhar para impedir confrontos e depredação | Antonio More/ Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2011/11/8dd5e5e3d921cea47c79c1557551ab0c-gpLarge.jpg)
Lições do vexame
O Paraná protagonizou um dos piores episódios de violência do futebol na invasão de campo por torcedores do Coxa após o rebaixamento em 2009 , que refletiu em medidas de segurança. Veja algumas falhas que contribuíram para o fatídico 6 de dezembro.
Populismo
Atrás de apoio do público que não havia faltado no campeonato , a diretoria baixou o preço dos ingressos. Lotou o estádio, o que dificultou o controle da invasão. Medida criticada após o quebra-quebra.
Efetivo policial
Segundo os números da secretaria de segurança na época, o efetivo foi de 700 policiais em toda a operação. Houve muitas acusações de que não foi feito o destacamento suficiente de profissionais para trabalhar do jogo e o número não era o divulgado.
Aviso
O Coxa havia sido informado pelos próprios torcedores de que não haveria a mesma "compreensão" demonstrada em 2005, quando o clube foi rebaixado. "Ninguém vai aceitar", avisou um torcedor ligado à diretoria na época.
Falta de prevenção
Troca de mensagens recolhidas na internet sustentaou a tese da polícia de que a invasâo foi premeditada. O monitoramento das redes sociais foi ignorado antes do jogo.
O certamente tenso e potencialmente perigoso Atletiba do próximo domingo movimenta os bastidores da segurança em Curitiba. Além de contar com o maior efetivo já destacado para um clássico, com 900 policiais militares, o desfecho do Campeonato Brasileiro acionou o serviço reservado da PM. Sites de relacionamento estão sendo monitorados atrás de provocações e ameaças que possam culminar em violência.
A medida é uma das estratégias para sondar as torcidas do Atlético e do Coritiba e tentar reduzir os riscos. Lição deixada pela invasão de campo após o empate do Alviverde com o Fluminense e o rebaixamento no Nacional de 2009, o pior episódio de vandalismo registrado no futebol paranaense. O Coritiba foi alvo da maior pena já aplicada a um clube no país pela Justiça Desportiva. A barbárie no Couto Pereira deixou 40 feridos e um prejuízo de R$ 500 mil.
"É uma situação diferente. Mas é claro que temos de aprender com os erros do passado. Por isso nosso serviço reservado está acompanhando essa movimentação [virtual]", afirmou o capitão Marcio Maia Moreira, integrante do setor de planejamento do 1.º Comando Regional, envolvido na segurança do clássico.
De acordo com as investigações sobre o 6 de dezembro de 2009, os torcedores do Coritiba usaram a internet especialmente o site de relacionamento Orkut para combinar o ataque. Uma das mensagens anexadas ao inquérito anunciava que uma facção da Império Alviverde tinha 200 integrantes para "cair na pista", ou invadir o gramado, na interpretação da polícia. Neste ano, novas mídias sociais movimentam milhares de torcedores.
"Esse é um clássico um pouco mais nervoso. A situação dos clubes acirra os ânimos das torcidas e o planejamento foi feito exatamente em cima dessas questões", reconheceu Maia.
Planejamento
Na quinta-feira, representantes das uniformizadas, dos clubes, dos órgãos de segurança e do Ministério Público têm uma reunião para discutir outras medidas. Será anunciado também o efetivo de policiais civis e da Guarda Municipal escalado para trabalhar no evento.
"A segurança será estabelecida, não só no estádio, mas também nos terminais, canaletas e estações-tubo, antes e após o jogo. O grande problema é que depois vai haver um lado muito bravo. Para que não haja aquela onda de choque em todas as direções da cidade gerando depredações, problemas, a gente vai trabalhar dessa forma", reforçou o novo comandante-geral da PM, Coronel Roberson Bondaruk.
Ontem o Ministério Público anunciou que irá exigir da PM e dos clubes um plano de ação para evitar violência no domingo.
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