Não se sabe a capacidade do Estádio Maurício Fruet, mas é certo que não abriga toda a população do bairro Santa Quitéria, cerca de 12 mil pessoas. Por isso o torcedor terá de chegar cedo para assistir à decisão. Quem for em cima da hora terá de se empoleirar em algum lugar (muro ou árvore), já que não há arquibancadas e a maior parte da torcida assiste à partida em pé.
Quem for apenas pela movimentação, pode ficar no pátio, tomando uma cerveja, paquerando e sabendo do resultado do jogo pela reação da massa. Uma prática que existe desde 1972. Naquela época nasceu a torcida organizada do Santa Quitéria. Hoje conhecida como Toca da Raposa, antes o nome do grupo era turma do pneu.
"Existia um pneu de trator na frente do bar e sentávamos nele para conversar, beber e paquerar", conta o funcionário público Carlos Mehl, 45 anos, o presidente da "organizada".
O apelido Toca da Raposa foi obra de alguma mulher raivosa. "Não lembro quem, mas foram procurá-lo em casa e a mulher disse: deve estar naquela toca da raposa, bebendo! E pegou".
O pneu que serviu de banco para gerações sumiu na época da licença do clube. Hoje a torcida, pela primeira vez poderá ser identificada no estádio. Os integrantes vestirão camisetas que têm, no símbolo, a saudosa roda do trator.
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