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O estouro do orçamento fez da Arena novamente um ponto de interrogação para a participação de Curitiba na Copa de 2014. Como os R$ 135 milhões previamente estimados não serão suficientes para finalizar o estádio nos padrões da Fifa, as autoridades locais terão de correr para encontrar uma saída financeira que não envolva o Atlético – o clube anunciou que não tem mais de onde tirar dinheiro para a construção.

Apesar de não confirmarem o aumento de R$ 40 milhões apurado pela Ga­­zeta do Povo, tanto o governo mu­­nicipal quanto o estadual admitiram um acréscimo inevitável nos custos. Dizem, porém, que o montante real depende de últimos acertos, como a isenção de impostos federais, prevista para a próxima semana.

"Não sabemos para quanto vai [a obra da Arena], mas tenho certeza de que não será R$ 135 milhões. Vamos conversar para levantar alternativas", falou o secretário estadual para assuntos da Copa, Mário Celso Cunha. Entre as soluções possíveis estão a busca por uma parceria público-privada (PPP), por apoio do governo federal ou até mesmo negociar com a Fifa a mudança de itens do projeto visando ao corte de despesas.

A decisão do Atlético de anunciar que não aceita elevar suas despesas com a praça esportiva – clube e esferas do governo ofereceriam R$ 45 milhões cada pelo plano inicial – foi recebida com tranquilidade pelos parceiros, que evitaram críticas públicas. "Não dá para forçá-los [o Atlético] a mudar de ideia. Não existe nada no contrato que nos permita isso. Sabemos que é uma posição definitiva", comentou Mário Celso Cunha.

"O Atlético tem razão de se preocupar com o aumento, mas vamos encontrar uma equação para o problema", disse Luiz de Carvalho, secretário especial de Curitiba para assuntos da Copa, sem detalhar como superar o novo obstáculo.

O fato de o Furacão ter assinado documento na Matriz de Respon­­sabilidade se comprometendo a executar a obra e a prover os recursos junto com o BNDES levou o vereador da capital Pedro Paulo (PT) a pedir, em seu blog, a presença de dirigentes rubro-negros na próxima reunião da Comissão Especial da Copa, da qual é presidente, na próxima segunda-feira.

O entrave tem de ser resolvido rapidamente, pois se as obras não começarem até junho, a cidade estará fora da Copa das Confede­rações. "Trabalhamos com um cronograma de 18 meses", confirmou Carvalho.

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