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Frase

Luciano Ducci, prefeito de Curitiba

"As cartas estão na mesa. Agora temos de tentar ver como que vamos jogar. Para isso, tem de ter o Atlético junto. Sem ele não tem como fazer nada."

A primeira das duas reuniões para definir o destino da Arena da Baixada e de Curitiba na Copa do Mundo de 2014 não serviu para muita coisa. Apenas para se esmiuçar ainda mais a pressão que deverá ser feita sobre o Atlético na segunda-feira (9).

O poder público admite que está próximo de esgotar as possibilidades para manter o estádio atleticano na Copa. E espera uma contrapartida do Rubro-Negro. Bem além apenas da demonstração de interesse.

"Espera-se que o Atlético traga a solução ou alguma ideia diferente. Não existe outra condição. Tudo passa pelo Atlético", disse Algaci Túlio, secretário especial do Governo do Paraná para a Copa de 2014. "Tem de dizer se tem interesse ou não e precisa apontar uma construtora para fazer [e pagar]. É o Atlético que precisa da obra", completou.

Na reunião que durou cerca de duas horas, no Palácio das Araucárias, foi discutido basicamente a utilização de se encontrar uma construtora que se interesse por trocar os gastos da reformulação e finalização da praça esportiva pelos títulos de potencial construtivo de Curitiba. A última saída seria o governo mesmo emprestar os cerca de R$ 90 milhões (2/3 da obra) do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) do Paraná ao Furacão.

"Mas por enquanto estamos pensando ainda na utilização do potencial construtivo", disse o prefeito da capital, Luciano Ducci que, enquanto não souber o posicionamento atleticano, se vê se de mãos atadas.

"As cartas estão na mesa. Agora temos de tentar ver como que vamos jogar. Para isso, tem de ter o Atlético junto. Sem ele não tem como fazer nada."

Caso o poder público se veja obrigado a utilizar o FDE, terá de fazer uma nova lei a ser aprovada na Assembleia Legislativa, já que, a princípio, também o fundo não poderia aceitar os títulos de potencial imobiliário como garantia. Porém, isso não seria considerado um problema.

A construção de um novo estádio será levada em conta após essas duas tratativas falharem – e caso o Atlético não traga outra solução melhor. Contudo, o pouco tempo para se começar um projeto não agrada possíveis investidores.

"Nós analisaríamos. Mas agora seria bem de afogadilho. Um estádio não se constrói da noite para o dia", diz o vice-presidente da WTorre, Júlio Remy.Algaci Túlio é mais otimista. "Do jeito que as notícias correm hoje em dia, quando souberem da possibilidade de um novo estádio vai todo mundo vir atrás", garantiu.

Paratiba

Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coritiba, e Aquilino Romani, presidente do Paraná, negaram nesta sexta-feira (6) em entrevista à Rádio Transamérica que haja no momento alguma iniciativa das partes para construir uma nova arena.

Os dirigentes apenas confirmaram que em um momento da discussão houve uma negociação, mas os investidores desistiram devido à escolha da Baixada. Ficou no ar que ambos têm interesse em retomar o projeto de um novo estádio.

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