Projeto de lei
Otimismo na Câmara
Antes receoso e crítico quanto às negociações para viabilizar economicamente o projeto da Arena da Baixada, o vereador Mário Celso Cunha (PSB), líder da bancada da situação na Câmara Municipal, agora está otimista. O político acredita, inclusive, que o projeto de lei a ser enviado pela prefeitura, autorizando a cessão de R$ 90 milhões do potencial construtivo para a empreiteira que realizará a adequação do estádio, será aprovado sem dificuldades na casa legislativa.
"Temos a maioria. Não há como a cidade perder todos os investimentos que virão com a Copa", justifica, satisfeito pela comissão de vereadores montada para tratar os assuntos da Copa estar sendo informada de cada passo das tratativas sobre o Mundial na cidade. "Anteriormente, houve um esquecimento pelo comitê executivo da Copa. Não estávamos tendo conhecimento das medidas que estavam sendo tomadas", pondera.
Ainda não foi na Escola de Governo, ontem, que o poder público explicou com detalhes a estratégia que possibilitará a engenharia financeira para adequar o projeto da Arena da Baixada para a Copa de 2014. Ao menos agora já é definitivo que o termo de ajuste de conduta entre os envolvidos (Atlético, prefeitura e governo) será assinado em uma cerimônia na próxima segunda-feira, às 14 horas, no estádio atleticano autoridades da CBF e da Fifa serão convidadas.Na noite da segunda-feira passada, as partes se reuniram no Palácio das Araucárias, mas a batida de martelo ficou para amanhã, em novo encontro. O entrave que impediu a oficialização do termo foi uma exigência da cúpula rubro-negra de ver o projeto de lei do potencial construtivo que será enviado pela prefeitura à Câmara dos Vereadores.
Conforme a reportagem apurou, a direção do Furacão aceitou esperar até a reunião de amanhã para ter acesso ao plano que está sendo finalizado pelo departamento jurídico do município. "São pequenos detalhes técnicos, mas já está praticamente tudo certo", desconversa o governador Orlando Pessuti, sem dar detalhes.Agora, a preocupação do governador é com a paralisação da Assembleia Legislativa para a campanha eleitoral da maior parte dos deputados. Nada será votado pelo legislativo estadual antes do pleito do dia 3 de outubro. "Temos de entender. Todos têm o direito de fazer sua campanha. Mas que atrapalha, atrapalha", admite Pessuti.
O projeto de lei que pede isenção de impostos para os fatos geradores do Mundial está encalhado na Comissão de Constituição e Justiça da casa. O poder público estadual ainda estuda se mandará para apreciação dos deputados outro projeto que cede empréstimo do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE). Não há certeza jurídica de que seja necessária a aprovação legislativa para a manobra.
Por ora, o único acordo assinado não diz respeito ao estádio para a competição da Fifa. Os R$ 229 milhões confirmados ontem, por meio da Caixa Econômica Federal, são para obras de infraestrutura em Curitiba e Região Metropolitana. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e estavam garantidos desde que a administração estadual conseguiu acertar os detalhes com o banco estatal na data limite para empréstimos em 2010: 2 de setembro, prazo imposto por se tratar de ano eleitoral.
Convidados ignoram a convocação do governador
Das 53 entidades que formam o comitê paranaense da Copa do Mundo, convidadas a participar do anúncio oficial da assinatura do financiamento para o estado de R$ 229 milhões do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Mundial, quase nenhuma compareceu. O evento ocorreu ontem, na Escola de Governo, no teatro do Museu Oscar Niemeyer.
Além das autarquias governamentais e da comissão da Câmara de Vereadores, somente um representante do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) apareceu. Quando o governador Orlando Pessuti e seus principais assessores estavam em frente à plateia, houve o pedido para que os participantes do imenso comitê se levantassem. Seis pessoas ficaram em pé no auditório lotado.
Nem mesmo o Atlético, dono do estádio que sediará os jogos da competição, mandou representante. Ao mesmo tempo em que a assinatura ocorria com o governador Orlando Pessuti e dirigentes da Caixa Econômica Federal, na manhã de ontem, o presidente atleticano, Marcos Malucelli, estava no treino do Rubro-Negro na Arena. O dirigente da Baixada perguntou aos repórteres que cobrem o clube se já sabiam de "algo novo na Escolinha".
Recentemente, Malucelli disse que o evento organizado pelo governo a cada terça-feira era de "mau gosto". A Federação Paranaense de Futebol também não mandou representante ao encontro. A reportagem tentou falar com o presidente Hélio Cury, mas ele alegou estar em uma reunião de sua empresa para não conceder entrevista.
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Interatividade
Como você avalia a condução do processo da Copa em Curitiba por governo estadual, prefeitura e Atlético? arquibancada@gazetadopovo.com.br
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