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O governador Orlando Pessuti mostrou preocupação com a paralisação da Assembleia Legislativa até a eleição de 3 de outubro: “atrapalha” | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
O governador Orlando Pessuti mostrou preocupação com a paralisação da Assembleia Legislativa até a eleição de 3 de outubro: “atrapalha”| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Projeto de lei

Otimismo na Câmara

Antes receoso e crítico quanto às negociações para viabilizar economicamente o projeto da Arena da Baixada, o vereador Mário Celso Cunha (PSB), líder da bancada da situação na Câmara Municipal, agora está otimista. O político acredita, inclusive, que o projeto de lei a ser enviado pela prefeitura, autorizando a cessão de R$ 90 milhões do potencial construtivo para a empreiteira que realizará a adequação do estádio, será aprovado sem dificuldades na casa legislativa.

"Temos a maioria. Não há como a cidade perder todos os investimentos que virão com a Copa", justifica, satisfeito pela comissão de vereadores montada para tratar os assuntos da Copa estar sendo informada de cada passo das tratativas sobre o Mundial na cidade. "Anteriormente, houve um esquecimento pelo comitê executivo da Copa. Não estávamos tendo conhecimento das medidas que estavam sendo tomadas", pondera.

  • Malucelli (esq.) preferiu ver o treino do Atlético na Arena, ontem, durante a Escola

Ainda não foi na Escola de Gover­­no, ontem, que o poder público explicou com detalhes a estratégia que possibilitará a engenharia financeira para adequar o projeto da Arena da Baixada para a Copa de 2014. Ao menos agora já é definitivo que o termo de ajuste de conduta entre os envolvidos (Atlé­­tico, prefeitura e governo) será assinado em uma cerimônia na próxima segunda-feira, às 14 horas, no estádio atleticano – autoridades da CBF e da Fifa serão convidadas.Na noite da segunda-feira passada, as partes se reuniram no Pa­­lácio das Araucárias, mas a batida de martelo ficou para amanhã, em novo encontro. O entrave que im­­pediu a oficialização do termo foi uma exigência da cúpula rubro-negra de ver o projeto de lei do po­­tencial construtivo que será enviado pela prefeitura à Câmara dos Verea­­dores.

Conforme a reportagem apurou, a direção do Furacão aceitou esperar até a reunião de amanhã para ter acesso ao plano que está sendo finalizado pelo departamento jurídico do município. "São pequenos detalhes técnicos, mas já está praticamente tudo certo", desconversa o governador Orlando Pessuti, sem dar detalhes.Agora, a preocupação do governador é com a paralisação da Assem­­bleia Legislativa para a campanha eleitoral da maior parte dos deputados. Nada será votado pelo legislativo estadual antes do pleito do dia 3 de outubro. "Temos de entender. Todos têm o direito de fazer sua campanha. Mas que atrapalha, atrapalha", ad­­mite Pessuti.

O projeto de lei que pede isenção de impostos para os fatos geradores do Mundial está encalhado na Comissão de Constituição e Jus­­tiça da casa. O poder público estadual ainda estuda se mandará para apreciação dos deputados outro projeto que cede empréstimo do Fundo de Desenvolvimento Eco­­nômico (FDE). Não há certeza jurídica de que seja necessária a aprovação legislativa para a ma­­nobra.

Por ora, o único acordo assinado não diz respeito ao estádio para a competição da Fifa. Os R$ 229 milhões confirmados ontem, por meio da Caixa Econômica Federal, são para obras de infraestrutura em Curitiba e Região Metropolita­­na. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e estavam ga­­rantidos desde que a administração estadual conseguiu acertar os detalhes com o banco estatal na data limite para empréstimos em 2010: 2 de setembro, prazo imposto por se tratar de ano eleitoral.

Convidados ignoram a convocação do governador

Das 53 entidades que formam o comitê paranaense da Copa do Mundo, convidadas a participar do anúncio oficial da assinatura do financiamento para o estado de R$ 229 milhões do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Mundial, quase nenhuma compareceu. O evento ocorreu ontem, na Escola de Governo, no teatro do Museu Oscar Niemeyer.

Além das autarquias governamentais e da comissão da Câmara de Vereadores, somente um re­­presentante do Instituto de En­­genharia do Paraná (IEP) apareceu. Quando o governador Or­­lando Pessuti e seus principais assessores estavam em frente à plateia, houve o pedido para que os participantes do imenso comitê se levantassem. Seis pessoas fi­­caram em pé no auditório lotado.

Nem mesmo o Atlético, dono do estádio que sediará os jogos da competição, mandou representante. Ao mesmo tempo em que a assinatura ocorria com o governador Orlando Pessuti e dirigentes da Caixa Econômica Federal, na manhã de ontem, o presidente atleticano, Marcos Malucelli, estava no treino do Rubro-Negro na Arena. O dirigente da Baixada perguntou aos repórteres que co­­brem o clube se já sabiam de "al­go novo na Escolinha".

Re­­cente­­mente, Malucelli disse que o evento organizado pelo governo a cada terça-feira era de "mau gosto". A Federação Para­naense de Futebol também não mandou representante ao encontro. A reportagem tentou falar com o presidente Hélio Cury, mas ele alegou estar em uma reunião de sua empresa para não conceder entrevista.

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Interatividade

Como você avalia a condução do processo da Copa em Curitiba por governo estadual, prefeitura e Atlético? arquibancada@gazetadopovo.com.br

As cartas selecionadas serão publicadas na Gazeta Esportiva.

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