Polícia Militar e torcidas organizadas ajustam segurança para o clássico na quarta

Representantes da Policia Militar e de torcidas organizadas vão se reunir na próxima quarta-feira (21) para ajustar o plano de segurança para o Atletiba, no Couto Pereira. Apesar dos incidentes com bomba no último clássico na Arena (que custou a perda de mando de campo de um jogo ao Atlético e Coritiba), o tema principal do encontro será o confronto entre as torcidas em terminais de ônibus e localidades afastadas do estádio. Cerca 400 policiais militares devem ser convocados para operação especial do próximo domingo.

"No último Atletiba tivemos problemas depois da partida. Foi um tumulto próximo à estação tubo da Praça Oswaldo Cruz. Por isso, precimos reforçar os cuidados nas ruas. O importante é que o sistema de escolta da torcida visitante até o estádio funcionou bem. Quanto à questão das bombas, a polícia não tem como ser mais rigorosa na revista. Quem faz esse trabalho é a segurança dos clubes, nós apenas acompanhamos de perto. Outro problema é que esses artefatos são pequenos, que cabem nas partes íntimas das pessoas, muitas vezes carregados por mulheres para dentro do estádio. Acho que punição sofrida pelos clubes na esfera desportiva já serviu de lição" diz o major da Polícia Militar do Paraná, Arildo Luis Dias, em entrevista à Gazeta do Povo.

Escolta da torcida visitante será repetida

Devido ao êxito da escolta feita à torcida do Coritiba, no clássico do primeiro turno na Arena, o processo deverá ser repetido para o jogo no Alto da Glória, mas dessa vez com a torcida atleticana. "A nossa ideia é concentrar a torcida do Atlético em lugar só e de lá seguir de ônibus até o estádio. De repente pode ser na Baixada a concentração, mas ainda precisamos definir de onde eles vão sair", avisa o major, lembrando que já está definido que a torcida Rubro-Negra será a primeira a deixar as dependências do estádio após o clássico, independente do resultado da partida. "O torcida do Atlético estará em menor número. Não podemos fazer ao contrário se não a torcida em maior número, no caso a do Coritiba, fica concentrada do lado de fora, o que pode gerar tumulto", explica a medida.

Organizadas querem reforço policial em terminais e atenção especial à divisão entre torcidas

Os representantes das torcidas organizadas devem aproveitar o encontro desta quarta-feira para apresentar algumas sugestões de segurança ao comando da Polícia Militar. Além do reforço de policiamento em terminais, os Fanáticos (Atlético) e Império (Coritiba) querem pedir um cuidado especial com a divisão das torcidas no estádio. De acordo com o presidente da Império Alviverde, Luiz Fernando Correa, o Papagaio, a divisão das torcidas feita pela PM no clássico da Arena foi deficitária. "Só havia um cordão de isolamento e poucos policiais por perto. Acho que se houvesse um concentração maior de policiais na divisão inibiria que os torcedores jogassem as bombas", avalia.

"Mas no Couto Pereira é diferente, pois existem as barreiras físicas, que são a cabine da torcida visitante e os alambrados. Isso da uma segurança maior", tranquiliza o Major Arildo.

O vice-presidente dos Fanáticos, Juliano Rodrigues, concorda com Papagaio, mas ele endossa que os incidentes não vão se repetir no Atletiba do Couto Pereira. "Os dois clubes foram punidos por causa das bombas, acho que isso deve inibir qualquer ação desse tipo. Vamos fazer uma reunião para avisar que quem quiser fazer bagunça ou baderna que fique em casa", lembra o Rodrigues. Assim como os Fanáticos, a Império já programou uma reunião para sábado, véspera do clássico, para expor detalhes da reunião com a PM.