Fenômeno
Entre os destaques da edição curitibana do campeonato brasileiro está o paranaense Rodolfo Ramos Gugu, outro colecionador de medalhas nos X-Games e um dos skatistas mais atuantes no cenário mundial.
Assim como Ferrugem (em 2002 e 2004) e Piolho (2000 e 2009), Gugu também ostenta dois títulos mundiais na categoria street. Ele faturou os prêmios em 2008 e 2010. O evento será aberto apenas para convidados, mas terá transmissão ao vivo pelo site oficial do campeonato www.dropdead.com.br e no www.xgames.com.br.
Os paranaenses Rodil de Araújo Júnior, o Ferrugem, e Carlos de Andrade, o Piolho, dividem a mesma idade (36 anos) e a mesma quantidade de títulos mundiais no skate street (dois cada um). Apesar de viverem momentos diferentes na carreira, também vão compartilhar do mesmo sentimento neste fim de semana. Os veteranos pretendem fazer frente à geração atual na etapa curitibana do campeonato brasileiro da modalidade.
A final ocorre hoje, às 18 horas, em Curitiba, no Drop Dead Skate Park (Travessa da Lapa, 231, Centro), apenas para convidados.
Dono de dez medalhas em X-Games, a Olimpíada dos esportes radicais, Ferrugem não tem dúvida de que ainda pode competir em alto nível.
Por causa dos negócios ele comanda uma fábrica de shapes e lojas de skate com sua marca própria abdicou de correr o Circuito Mundial. Mas segue ativo no cenário nacional.
"Estou com 36 anos e ainda bato de frente com o campeão mundial Kelvin Hoefler", garante o curitibano.
Segundo ele, os anos de dedicação aos treinos, sem distrações e hábitos ruins, trazem o retorno hoje. "Não era de sair para beber, nunca fumei nem cigarro. Abri mão disso para estar focado no skate", explica.
Piolho, por outro lado, está aposentado do circuito e vai participar do campeonato como convidado.
Nem por isso ficará contente com algo menor do que chegar às finais da etapa. Se o corpo já não é mais o mesmo, os anos de rodagem são uma importante vantagem.
"A experiência conta mais. Tem de saber se guardar para chegar bem e chegar à final, que já será difícil. Não posso me matar antes da hora", brinca.
Mesmo sem necessariamente estar em competição, a velha guarda do skate está cada vez mais em alta, seguindo a tendência dos Estados Unidos, muito por causa das redes sociais.
A valorização vem dos patrocinadores, que buscam visibilidade nos chamados video parts estratégia de divulgação da marca com cenas do atleta.
"Nessa idade já não estamos tanto na pegada de competição. Vamos lá, fazemos uns vídeos no Instagram, imagens para um site, fotos para uma revista", conta Piolho.
"As marcas acabam botando dinheiro igual", emenda o skatista, que atualmente recebe salário de três patrocinadores e consegue viver "tranquilamente" fazendo o que mais gosta.
Mas quanto surge uma disputa de verdade, ninguém abre mão da vitória. "Minha vida inteira entrei para me dar bem. Não vou lá passear, me divertir", lembra Ferrugem.
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