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Diretor de esportes do COB, Agberto Guimarães durante a apresentação da distribuição de recursos da Lei Agnelo/Piva 2017. | Rafael Bello/COB
Diretor de esportes do COB, Agberto Guimarães durante a apresentação da distribuição de recursos da Lei Agnelo/Piva 2017.| Foto: Rafael Bello/COB

As confederações esportivas nacionais vão receber R$ 13 milhões a menos no próximo ano em repasses do Comitê Olímpico do Brasil (COB) na divisão dos recursos financeiros oriundos da Lei Agnelo/Piva. Se no ano olímpicos R$ 98 milhões foram divididos pelas entidades, a estimativa é de R$ 85 milhões para 2017.

“Estamos cientes da necessidade de seguir com o desenvolvimento sustentável do esporte olímpico de alto rendimento no país, especialmente depois dos Jogos do Rio. O planejamento do COB para 2017 foi desenhado para minimizar o impacto financeiro sobre as condições de preparação dos atletas, nesse que é o primeiro ano do ciclo olímpico até Tóquio-2020”, disse o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

Se em 2015 o COB arrecadou R$ 208 milhões via recursos das loterias federais (o equivalente a 1,7% do prêmio pago aos apostadores), neste ano o montante ficou bem abaixo, em torno de R$ 179 milhões. Isso fez diminuir a projeção e distribuição de recursos. “Pela primeira vez houve redução significativa no volume de apostas das loterias, o que impactará no orçamento de 2017”, explicou Nuzman.

O COB também reformulou os critérios de distribuição dos recursos para, além de colocar parâmetros esportivos e de desempenho, reforçar a importância na área de governança das entidades. Com isso, a intenção é preservar as condições de preparação dos atletas, mas também ajudar a aprimorar a gestão das confederações.

“Para orientar a distribuição dos recursos, estabelecemos dez critérios técnicos esportivos e de gestão financeira das confederações. Esses critérios aperfeiçoam o que já vinha sendo feito pelo COB, na direção da maior transparência e governança na distribuição dos recursos da Lei Agnelo/Piva, em benefício do esporte e dos atletas, que são a razão de ser de todo o Movimento Olímpico Brasileiro”, explicou o diretor executivo de esportes do COB, Agberto Guimarães.

Os 10 critérios adotados para as confederações, com pontuações específicas, são:

1 - Ser medalhista na última edição dos Jogos Olímpicos;

2 - Ser medalhista nas três últimas edições dos Jogos Olímpicos;

3 - Ser Top 8 (finalista) nas três últimas edições dos Jogos Olímpicos;

4 - Ter participado das três últimas edições dos Jogos Olímpicos;

5 - Ter medalhista em Campeonatos Mundiais, ou equivalente, no último ciclo olímpico;

6 - Ser Top 8 em Campeonatos Mundiais, ou equivalente, no último ciclo olímpico;

7 - Ser medalhista de ouro no último Pan;

8 - Índice de efetividade = número de medalhas conquistadas x número de medalhas possíveis;

9 - Índice do número de eventos nos Jogos Olímpicos;

10 - Gestão financeira (prestação de contas/saneamentos/ressaneamentos/justificativas).

Quem ganha mais?

Com os critérios, as confederações que mais receberão repasses são as de vôlei e judô. O COB ainda avisa que vai aguardar que as federações internacionais das novas modalidades olímpicas (surfe, skate, escalada, caratê e beisebol/softbol) indiquem quais entidades serão suas representantes no Brasil. Mas elas só vão poder receber recursos da Lei Agnelo/Piva a partir de 2018.

Confira quanto cada confederação vai receber:

Atletismo - R$ 3.764.000,00

Badminton - R$ 2.264.000,00

Basquete - R$ 2.264.000,00 (podendo chegar a R$ 3.467.205,08)

Boxe - R$ 3.264.000,00

Canoagem - R$ 3.264.000,00

Ciclismo - R$ 2.264.000,00 (podendo chegar a 3.068.792,80)

Esgrima - R$ 2.264.000,00

Desportos aquáticos - R$ 3.264.000,00 (podendo chegar a R$ 3.643.211,58)

Desportos na neve - R$ 1.864.000,00

Desportos no gelo - R$ 1.864.000,00

Ginástica - R$ 3.764.000,00

Golfe - R$ 2.264.000,00

Handebol - R$ 2.664.000,00 (podendo chegar a R$ 3.511.208,67)

Hipismo - R$ 2.264.000,00 (podendo chegar a R$ 3.511.178,24)

Hóquei sobre grama - R$ 2.264.000,00

Judô - R$ 4.264.000,00

Levantamento de peso - R$ 2.364.000,00

Luta olímpica - R$ 2.664.000,00

Pentatlo moderno - R$ 2.364.000,00

Remo - R$ 2.264.000,00 (podendo chegar a R$ 2.675.211,68)

Rúgbi - R$ 2.264.000,00

Tae kwon do - R$ 1.764.000,00

Tênis - R$ 2.264.000,00 (podendo chegar a R$ 2.667.213,96)

Tênis de mesa - R$ 2.264.000,00 (podendo chegar a R$ 3.068.792,80)

Tiro com arco - R$ 2.264.000,00

Tiro esportivo - R$ 2.664.000,00 (podendo chegar a R$ 2.773.591,87)

Triatlo - R$ 2.264.000,00 (podendo chegar a R$ 2.970.398,25)

Vela - R$ 3.764.000,00

Vôlei - R$ 4.264.000,00

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