Foi uma verdadeira batalha, mas a seleção brasileira feminina de handebol fez história nesta quarta-feira. Depois de duas prorrogações, a equipe derrotou a forte Hungria por 33 a 31 pelas quartas de final do Campeonato Mundial da Sérvia, em Belgrado. Desta forma, o Brasil se garantiu entre os quatro melhores países da competição pela primeira vez.
Com o resultado, o time brasileiro comprovou o crescimento da modalidade no país, se colocando de uma vez por todas como uma das grandes potências do handebol feminino. Anteriormente, a melhor campanha do Brasil em um Mundial havia sido em 2011, com a quinta colocação em São Paulo. Nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano seguinte, as comandadas do técnico dinamarquês Morten Soubak alcançaram a sexta colocação.
O adversário na semifinal será a Dinamarca que bateu a Alemanha por 31 a 28 também nesta quarta. Curiosamente, brasileiras e dinamarquesas já se enfrentaram no Mundial. Foi na última rodada da primeira fase, quando as brasileiras ganharam por 23 a 18 e confirmaram o primeiro lugar do Grupo B.
O jogo
Diante da Hungria, um dos países mais tradicionais no handebol feminino, o jogo foi cheio de possibilidades para ambos os lados, e foram necessárias duas prorrogações para defini-lo.
O Brasil começou melhor nesta quarta-feira e conseguiu abrir boa vantagem, mas exagerou nas faltas e teve muitas suspensões por dois minutos. Em certo momento, chegou a ficar com três jogadoras a menos em quadra, e a Hungria encostou. Mesmo assim, terminou o primeiro tempo em vantagem: 12 a 11.
A Hungria já havia melhorado sua defesa e manteve esse cenário para o segundo tempo. O time europeu buscou o empate após sete minutos e virou momentos depois. A partir daí, o máximo que o Brasil conseguiu foi empatar novamente, mas as húngaras mostravam calma, experiência e voltavam a abrir dois gols de frente.
Os minutos finais foram emocionantes e o placar alternava entre vantagem húngara e empate. O nervosismo pareceu tomar conta das duas equipes, que não conseguiam ir à rede adversária nos últimos momentos da partida. Com um minuto restando, o Brasil perdeu a posse de bola e a Hungria teve a chance derradeira, mas o jogo foi mesmo para a prorrogação.
No tempo extra, o Brasil começou muito nervoso e não conseguiu marcar no primeiro tempo. Mas na etapa final, a Hungria teve uma suspensão por dois minutos e a seleção aproveitou para virar o placar. Com menos de 30 segundos, no entanto, quando segurava o resultado, levou novamente o empate.
Na segunda prorrogação, o time brasileiro voltou a ter problemas com suspensões de dois minutos, perdendo Duda e Deonise - esta, suspensa pela terceira vez, foi excluída da partida. Mesmo assim na etapa final, a seleção se recuperou. Com gols de Alexandra Nascimento e Mayara abriram dois de vantagem e asseguraram o triunfo.
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