O título mundial conquistado neste domingo (22) confirmou a seleção brasileira feminina como potência mundial no handebol. E as jogadoras sabem que a pressão por novas conquistas aumentará. Nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 por exemplo, a equipe entrará como uma das favoritas e a ponta Alexandra sabe disso.
"Vamos festejar hoje, mas depois pensar nesse objetivo. Para muitos é impossível, mas provamos que tudo é possível, com muito trabalho. Sabemos que temos três anos e da nossa responsabilidade. Depois do Mundial todo mundo vai esperar o ouro na Olimpíada. Precisamos evoluir porque as outras seleções também vão evoluir. Temos de continuar o trabalho para dar mais uma medalha para o Brasil em 2016", disse, em entrevista ao SporTV.
Apesar de já pensar na Olimpíada, Alexandra admitiu que mal conseguiu digerir a conquista do Mundial ainda. "Eu tô aqui com a medalha, falando de coração, parece não ter caído a ficha. Parece um sonho, essa é a verdade. É inacreditável, parece que estou em coma."
O título histórico foi selado com uma emocionante vitória sobre a dona da casa Sérvia, dona da casa, por 22 a 20. Mesmo diante de um ginásio lotado e muita pressão, as brasileiras mantiveram a calma, saíram vencedoras e não vão parar de comemorar tão cedo. "Dormir essa noite? Nem sei o que é isso, vamos comemorar a noite toda. E amanhã voltar para o Brasil para comemorar com a família", disse Alexandra.
Eleita a melhor jogadora do mundo em 2012, a ponta foi decisiva na partida deste domingo, ao marcar seis gols e conduzir a vitória brasileira. A companheira Duda Amorim, porém, foi eleita a melhor jogadora do campeonato.
Alexandra fez questão de dividir os méritos pelo troféu, inclusive com ex-jogadoras da seleção, que, segundo ela, "começaram essa caminhada". Além disso, exaltou a parceria da seleção com o Hypo Nö, clube austríaco que tem oito brasileiras no elenco, além do técnico Morten Soubak.
"Acho que é muito trabalho, não podemos esquecer que há 10, 15 anos atrás outras jogadoras começaram essa caminhada, sem desistir. Fizemos parte do começo dessa caminhada, continuamos, saímos do Brasil para buscar nossos sonhos. Estávamos um pouco escondidas no Brasil, íamos para o Mundial sem saber o que era uma Noruega, uma Dinamarca. Agora estamos jogando com elas e acredito que isso também ajudou", avaliou.
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