Asafa Powell só poderá voltar a competir a partir de 20 de dezembro| Foto: Gilbert Bellamy / Reuters

Ex-recordista mundial dos 100 metros, Asafa Powell foi suspenso por 18 meses, nesta quinta-feira (10), em punição anunciada pela Comissão Antidoping da Jamaica depois de o velocista de 31 anos ter testado positivo para o estimulante oxilofrina na seletiva jamaicana para o Mundial de Atletismo, em junho do ano passado.

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A oxilofrina é uma substância que faz parte da lista das proibidas pela Agência Mundial Antidoping e Powell estava suspenso preventivamente desde quando o caso foi revelado, em julho.

A punição confirmada nesta quinta é retroativa e começou a valer em 21 de junho, data na qual foi coletada a amostra que apontou uso do estimulante proibido. Isso significa que Powell estará livre para participar novamente das competições a partir de 20 de dezembro.

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Assim como Sherone Simpson, integrante da equipe jamaicana feminina medalhista de prata no revezamento 4x100m nos Jogos Olímpicos de Londres, também pega no doping, Powell culpou um treinador recém-contratado, Christopher Xuereb, que teria fornecido suplementos que continham a substância. No início desta semana, Simpson recebeu a mesma punição.

Powell estabeleceu o recorde mundial dos 100 metros em 2008, quando cravou 9s74, antes de ter a marca pulverizada mais de uma vez por Usain Bolt, detentor do melhor tempo da prova mais rápida do atletismo, que é de 9s58, obtido em 2009.

Os três membros do painel da Comissão Antidoping da Jamaica disseram que a decisão pela suspensão de 18 meses a Powell foi unânime. Lennox Gayle, presidente da comissão, destacou que "em todas as circunstâncias, o Sr. Powell foi considerado negligente" neste caso de doping, embora o atleta tenha dito, em julho, que o resultado do teste foi "surpreendente", assim como garantiu nunca ter "trapaceado" em sua carreira.

Outra atleta jamaicana flagrada em teste antidoping, a lançadora de discos Allison Randall foi punida nesta semana com dois anos de suspensão, que irá durar até junho de 2015. Ela também foi pega em exame realizado na seletiva nacional de 2013, mas não soube explicar como a substância proibida oxilofrina entrou no seu corpo. A atleta olímpica acredita que ingeriu o estimulante em um suplemento chamado Animal Park.