A vinda do ATP 500 para o Brasil é resultado de uma associação bem sucedida entre dois gigantes na área de empreendimentos de esporte e entretenimento. De um lado, a IMX, uma das empresas do grupo de Eike Batista e uma das poucas que resistiu ao baque que o empresário sofreu no último ano. A empresa é responsável pela organização de eventos como Rock in Rio, UFC e Volvo Ocean Race. Do outro, a norte-americana IMG, que organiza o Aberto da Austrália e Wimbledon.
Juntas, adquiriram a data deste ATP 500, que pertencia à cidade de Memphis, nos Estados Unidos, que abriu mão do torneio por causa da crise financeira no país. Os dois associados apresentaram suas credenciais à ATP para organizar o torneio no Brasil e garantiram a data até 2015, com possibilidade de mudança de local a partir de 2016.
Segundo divulgaram no lançamento do Rio Open há um ano, o grupo investiria R$ 26 milhões e o valor viria totalmente de patrocínios privados. Parte está sendo bancada via lei estadual de incentivo ao esporte, de acordo com a qual as empresas podem pedir ao governo carioca a renúncia fiscal do ICMS.
Se por um lado o Rio Open traz ao Brasil um grande evento de tênis, por outro esvaziou os torneios de segunda grandeza do calendário nacional, que também são realizados em fevereiro, o Brasil Open, em São Paulo, e o Brasil Tennis Cup, em Florianópolis. O primeiro, no ano passado, marcou o retorno de Rafael Nadal às quadras; e o segundo teve Venus Willians como destaque. Em 2014, com os principais tenistas do panteão estrangeiro optando por competir no saibro carioca, ambos terão status de coadjuvantes. "É inegável que ter dois torneios em semanas consecutivas num mercado próximo acaba criando algumas dificuldades", afirma o diretor executivo do Brasil Open, Paulo Pereira.
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