Em uma única edição dos Jogos Pan-Americanos, o badminton brasileiro conquistou mais pódios do que em toda a história da competição. Ainda sem saber a cor, o País já sabe que vai voltar para casa com três medalhas, uma vez que se classificou para três semifinais e, na modalidade, não existe disputa pelo bronze.
Ainda que o resultado cause surpresa para quem não acompanha de perto o badminton, as três medalhas são um resultado aquém do esperado pela comissão técnica, que havia traçado como meta subir ao pódio em todas as cinco disputas do Pan. Ia se aproximando da meta até a noite desta segunda-feira, quando Lohaynny Vicente e Daniel Paiola fizeram jogos equilibrados, mas foram eliminados por favoritos nas quartas de final.
Lohaynny, entretanto, vem fazendo bonito no Pan. A jovem, de apenas 19 anos, tem duas medalhas asseguradas. Nas duplas femininas, ela e a irmã Luana Vicente venceram um time da República Dominicana nesta segunda-feira, mais cedo, e vão enfrentar Bruce/Chan, do Canadá, por uma vaga na final. As brasileiras são favoritas, porque ocupam o 35.º lugar do ranking mundial, enquanto as rivais estão oito posições abaixo.
Nas duplas mistas, Lohaynny joga o Pan ao lado de Alex Tjong. Os brasileiros chegaram à terceira vitória na competição ao superarem Henry/Wyinter, da Jamaica, por 2 sets a 0 (21/11 e 21/17) na abertura da sessão vespertina do badminton nesta segunda-feira. A semifinal, terça, vai ser contra Toby Ng/Alex Bruce, do Canadá, dupla que ocupa o 23.º lugar do ranking mundial.
A jovem de 19 anos ainda voltou à quadra para mais uma partida nesta tarde/noite em Toronto. Diante de Michelle Li, 15.ª do mundo e estrela do badminton no Pan, fez um jogo parelho. Chegou a abrir 17/15 no segundo set, mas sucumbiu por 2 a 0 (21/7 e 21/18).
Daniel Paiola também ficou muito perto da semifinal e de repetir o bronze conquistado em Guadalajara. Melhor brasileiro do ranking mundial (68.º), ele saiu na frente do norte-americano Howard Shu (54.º), chegou a abrir 18/15 no terceiro set, mas permitiu a virada (21/12, 16/21 e 21/18).
Mais cedo, Daniel se classificou, com Hugo Arthuso, para a semifinal da chave masculina de duplas. Os brasileiros vão jogar contra Nelson Javier/William Cabrera, da República Dominicana, apenas a 140.ª dupla do ranking mundial. Assim, terão ótima chance de classificar uma inédita final para o badminton brasileiro em Jogos Pan-Americanos.
Das sete chances de medalha que o País tinha no início dos jogos desta terça-feira, converteu três delas. Perdeu as quatro partidas em que não era favorito. Hoje, o Brasil é a quarta força do continente, atrás apenas de EUA e Canadá, que estão cada um em cinco semifinais. México, República Dominicana, Peru, Cuba e Guatemala vão ficar com uma medalha cada.
Em Guadalajara, há quatro anos, o Brasil ganhou apenas um bronze, com Daniel Paiola. O País nunca disputou os Jogos Olímpicos na modalidade, mas em 2016 terá direito a um convite na chave masculina de simples e outro na feminina. Hoje, não precisaria do convite, porque Paiola e Fabiana estão na zona de classificação do ranking mundial. Nas duplas, vai ao Rio o melhor time do continente em cada disputa.
Deixe sua opinião