Ben Johnson na pista do Estádio Jamsil, em Seul: canadense agora faz parte de uma campanha antidoping no esporte| Foto: Yonhap / EFE

O canadense Ben Johnson, protagonista de um dos maiores escândalos de doping da história do atletismo, retornou nesta terça-feira, exatamente 25 anos depois, à pista da prova que foi excluído nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.

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O retorno de Johnson ao estádio de Jamsil fez parte de uma campanha contra doping, no dia do aniversário da "vitória" nos 100 metros rasos. O canadense fez o tempo de 9s79, ficando com o ouro e pulverizando o recorde mundial. Dois dias depois, o Comitê Olímpico Internacional (COI) cassou a medalha de Jonhson, após comprovação de doping. O americano Carl Lewis ficou com a medalha.

"Vinte e cinco anos depois, ainda estou sendo punido por isso que fiz", lamentou o ex-velocista, falando da pista do estádio.

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Depois do escândalo e de suspensão de três anos, Johson ainda tentou retornar às pistas, em 1991. Em 1993, no entanto, ele voltou a ser punido por doping, desta vez sendo banido do esporte.

Hoje aos 51 anos, o canadense voltou a criticar a política de doping da época, garantindo que a mesma punição deveria ter sido dada a alguns de seus concorrentes. "A maioria dos velocistas tinham consumido substâncias proibidas e deram positivo em anos anteriores", afirmou.

A prova dos 100 metros rasos dos Jogos Olímpicos de Seul acabou entrando para a história como a "prova mais suja da história", depois que outros quatro dos sete finalistas restantes, o próprio Lewis, além de Linford Christie, Dennis Mitchell e Desai Williams, se envolveram em casos de doping.