• Carregando...
Cubana Yusleyni Herrera, do Praia Clube (MG), foi a maior pontuadora da primeira rodada da Superliga, com 154 pontos | Divulgação CBV
Cubana Yusleyni Herrera, do Praia Clube (MG), foi a maior pontuadora da primeira rodada da Superliga, com 154 pontos| Foto: Divulgação CBV

A atual temporada da Superliga feminina de vôlei começou há dois meses tendo como principal atrativo as atletas bicampeãs olímpicas pelo Brasil atuando em quadras nacionais. No primeiro turno da competição, porém, foram as gringas que roubaram a cena. Na segunda fase da competição (hoje serão jogadas quatro partidas da terceira rodada do returno), as brasileiras tentam reassumir a dianteira da disputa. Mas não será fácil.

A Superliga tem apenas oito estrangeiras inscritas, distribuídas em quatro dos dez times do campeonato. Minoria absoluta em quantidade que contrasta com o potencial de ataque – lideram com folga as estatísticas no quesito.

A cubana Yusleyni Herrera, do Praia Clube (MG), foi a maior pontuadora da primeira parte da competição, com 154 pontos. Ela não está só. O melhor aproveitamento em finalizar as jogadas é da búlgara Elitsa Vasileva, do Campinas, time do técnico da seleção nacional José Roberto Guimarães, com eficiência de 28,9%.

Integram ainda o grupo das cinco melhores a própria Alvarez, do Praia Clube (27,8%), a canadense Sarah Pavan, do Rio (25,3%) e a cubana Daymi Echeverria, também do Campinas (23,6%) – a única brasileira a frequentar a ala das melhores é a ponteira Fernanda Garay, do Sollys-SP (26,8%). A estatística é da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Um conjunto de fatores faz com que as forasteiras tenham se destacado sobre as medalhistas olímpicas, avalia o técnico do vice-líder Praia Clube, Spencer Lee. "As jogadoras olímpicas do Brasil estão concentradas no Sollys, Unilever, Sesi e Campinas. Por isso, as outras equipes precisam trazer atletas fortes de outros países."

E os reforços vindos do exterior chegam ao país com preço de importação de luxo. Estima-se que Vasileva receba cerca de R$ 80 mil por mês. Mas não é só o dinheiro que garante o bom desempenho. Também há o fator pessoal: o desafio de superar as atletas da melhor equipe do mundo. "Quando recebi o convite do José Roberto [Guimarães, técnico da seleção e do Campinas] para jogar no Brasil, me interessei porque quero melhorar meu jogo. Sabia que o país tinha uma liga forte e estou comprovando isso agora", fala a búlgara.

A crise econômica na Europa e o baixo impacto que ela teve na economia brasileira também atraíram outras jogadoras do primeiro escalão do esporte, como a veterana Dani Scott, quatro vezes campeã do Grand Prix Mundial com os Estados Unidos e duas vezes medalha de bronze em Olimpíadas, e as cubanas Herrera e Ramirez, que trocaram times europeus pelo Brasil.

A festa gringa não é nova. No ano passado, Herrera, foi quem mais fez pontos (433), jogando pelo Usiminas/Minas. Ela, porém, não briga pelo bi. Há um mês rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo e ficará de fora do restante da competição. Pode ser uma chance para as brasileiras tomarem o posto, jogando seu próprio campeonato.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]