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Marcelinho Huertas e Nenê tentam parar o espanhol Ricky Rubio em Granada | Jorge Zapata / EFE
Marcelinho Huertas e Nenê tentam parar o espanhol Ricky Rubio em Granada| Foto: Jorge Zapata / EFE

Como nas duas primeiras partidas, contra França e Irã, a seleção brasileira masculina de basquete começou muito mal diante da Espanha, nesta segunda-feira (1º). Ao contrário dos jogos iniciais, no entanto, desta vez o confronto era diante de uma das maiores potências do esporte, que ainda atuava embalada pela sua torcida. Os espanhóis aproveitaram o apagão do Brasil para abrir 16 pontos de vantagem no primeiro período, administraram depois e deixaram a quadra com uma tranquila vitória por 82 a 63, pela terceira rodada do grupo A do Mundial.

Com o resultado, a Espanha lidera a chave com 100% de aproveitamento após três partidas e tem a vaga para a próxima fase já garantida. A equipe voltará à quadra na quarta-feira, quando pega a França. Já o Brasil sofreu sua primeira derrota, mas manteve-se na zona de classificação. Na quarta, terá importante duelo contra a Sérvia, que também tem duas vitórias e uma derrota até o momento.

A seleção brasileira voltou a entrar em quadra dormindo nesta segunda. Sem conseguir atacar com qualidade e com a marcação completamente perdida, fosse no perímetro ou no garrafão, viu o adversário distanciar no placar. Quando tentou a reação, a diferença já era quase irrecuperável e Pau Gasol, grande destaque da noite, ainda acabou com qualquer possibilidade de reação, o que fez com que o Brasil sequer sonhasse com a vitória em nenhum momento do jogo.

Gasol, aliás, terminou como grande cestinha da noite, com 26 pontos, além de ter conseguido nove rebotes. Ele não encontrou resistência na marcação brasileira, fosse com Anderson Varejão, Nenê, ou, principalmente, Tiago Splitter, que esteve irreconhecível. Pelo lado brasileiro, o cestinha foi Leandrinho, com 11 pontos.

O jogo

Como já virou marca registrada desta seleção, o início do Brasil foi muito ruim. Também como já virou costume, a equipe não acertava lances livre - errou cinco dos primeiros sete. As seguidas falhas ofensivas e na defesa, onde a marcação do perímetro se perdia a cada corta-luz e no garrafão deixava os irmãos Gasol criarem o que quisessem, deu o espaço que a Espanha precisava para deslanchar.

Os donos da casa aproveitaram bem e fizeram um primeiro quarto impecável. Os irmãos Gasol e o armador Navarro eram os donos da partida, principalmente Pau Gasol, que terminou o primeiro período com 12 pontos. Ao fim dos dez primeiros minutos, vantagem de 16 pontos para os espanhóis: 30 a 14.

No segundo quarto, a seleção brasileira começou com tudo. Com Leandrinho inspirado, marcou os sete primeiros pontos do período e ameaçou uma reação, mas logo os espanhóis voltaram a comandar o duelo. Os últimos minutos do primeiro tempo foram de um jogo equilibrado, com as duas equipes trocando pontos, o que não era suficiente para reverter a ampla vantagem dos donos da casa.

Mas no terceiro quarto, a seleção voltou a sofrer um apagão defensivo e Pau Gasol aproveitou para estraçalhar qualquer possibilidade de reação. Foram três arremessos seguidos de três para o ala/pivô sem qualquer resistência brasileira. Splitter, perdido em quadra, não conseguia parar o veterano espanhol.

Com a desvantagem de 19 pontos no placar, foi difícil para a seleção brasileira até manter o ânimo no último período. Pelo lado espanhol, Sergio Llull e Sergio Rodríguez seguiam com o show e aproveitavam a apatia do adversário. No fim, a vantagem de 19 pontos pareceu até pouco pela diferença de qualidade apresentada em quadra.

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