A seleção brasileira masculina de vôlei estrei na fase final da Liga Mundial nesta quinta-feira, contra a Rússia, em Florença, na Itália, e sabe que desta vez não entrará na briga pelo título como favorita. Com uma campanha instável no estágio anterior da competição, o time comandado por Bernardinho se classificou no sufoco. Entretanto, a equipe nacional não aceita o rótulo de franco-atiradora, até pela grande tradição que o país possui no torneio - é o maior vencedor, com nove títulos conquistados.
Na última segunda-feira, a seleção fez o seu primeiro treino no Nelson Mandela Forum, ginásio onde ocorrerão os duelos desta fase final, e o oposto Wallace admitiu que não será fácil atuar fora de casa na busca pela taça, ainda mais depois de ter batido os anfitriões italianos por duas vezes nos jogos finais da primeira fase.
"Foi muito bom já treinar onde vamos jogar, principalmente para pegar referência. É um bom ginásio, não é tão grande como alguns onde já jogamos, e é uma motivação a mais estar lá e saber que daqui a três dias vai estar lotado e com uma pressão enorme para cima do nosso time", afirmou.
A pressão, entretanto, não assusta Wallace, que exibiu confiança ao dizer que o Brasil tem chances de brigar pelo título. "Nosso grupo está acostumado a jogar assim. A seleção brasileira sempre passa por situações desse tipo e vamos saber lidar com isso, ainda mais depois da forma como conseguimos a classificação. Buscamos essa vaga com muita disposição e agora, certamente, o grupo todo terá ainda mais força de vontade e foco para tentar levar o Brasil ao lugar mais alto do pódio", projetou.
Ao falar sobre o duelo desta quinta-feira, marcado para começar às 12h30 (horário de Brasília), Wallace destacou que "a Rússia exige muito da nossa paciência pela alta eficiência de saque", assim como frisou: "Não podemos enfrentar o bloqueio forte e temos que ter cuidado".
O Brasil está no Grupo I da fase final da Liga Mundial, que além dos russos conta com o Irã, rival que o time de Bernardinho pegará na sexta-feira, também às 12h30. Já o Grupo H da competição conta com Itália, Estados Unidos e Austrália.