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Marcelinho Huertas (camisa 9) não segura o choro após nova derrota brasileira e eliminação na Copa América | Miguel Gutiérrez / EFE
Marcelinho Huertas (camisa 9) não segura o choro após nova derrota brasileira e eliminação na Copa América| Foto: Miguel Gutiérrez / EFE

Um ano após voltar a disputar uma Olimpíada, o basquete masculino brasileiro conheceu o fundo do poço. Nesta terça-feira (3), na Venezuela, em um dos maiores vexames da história da modalidade no país, o time comandado pelo argentino Rubén Magnano perdeu da Jamaica por 78 a 76 e, pela primeira vez na história, encerrou uma Copa América sem vitórias - também foi derrotado por Porto Rico, Canadá e Uruguai nesta primeira fase.

Se fosse pelo resultado, ficaria pela primeira vez fora de um Campeonato Mundial. A tragédia só não é maior por causa do regulamento peculiar da competição. Vão à Espanha no ano que vem 24 seleções, mas só 18 sairão de torneios classificatórios como a Copa América - os donos da casa e os EUA, atuais campeões, têm vaga garantida. Assim, outros quatro times receberão convites da Fiba (Federação Internacional de Basquete).

Quarto maior campeão da história do Mundial - apesar de não ir ao pódio desde 1978 - e país sede da próxima edição dos Jogos Olímpicos, o Brasil tem tudo para receber um convite e jogar o Mundial.

Apesar das três derrotas até então, o Brasil - desfalcado dos jogadores que atuam na NBA e estão lesionados ou pediram dispensa - ainda tinha chances de se classificar para a segunda fase da Copa América da Venezuela. Bastava vencer a Jamaica. Diferentemente do Uruguai, histórico saco de pancadas da seleção nacional, os jamaicanos nem esse status tinham. A falta de tradição era tanta que os caribenhos nunca haviam chegado a competições onde enfrentassem o Brasil.

Mas o time brasileiro esteve novamente irreconhecível. Além das estrelas que recusaram a convocação, perdeu para a partida Rafael Hettsheimer, Arthur e Rafael Luz. Ainda assim, contava com jogadores que há anos defendem a seleção, como Marcelinho Huertas, Guilherme Giovannoni e Alex. Principal nome da equipe, o armador Huertas deu 12 assistências na partida, mas anotou apenas seis pontos.

O aproveitamento dos arremessos dos principais chutadores do time foi pífio: Larry Taylor (30%), Huertas (25%) e Benite (33%) ficaram longe de mostrar tranquilidade. Foi assim também na última bola do jogo, que caiu na mão de Benite, na zona morta. Mas o arremesso foi no aro, decretando o vexame do basquete bicampeão do mundo.

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