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Jogadoras da seleção de handebol com o troféu de campeã mundial no desembarque em São Pauo | Nelson Antoine / Folhapress
Jogadoras da seleção de handebol com o troféu de campeã mundial no desembarque em São Pauo| Foto: Nelson Antoine / Folhapress

Depois da conquista inédita no Mundial de handebol, na Sérvia, a seleção brasileira feminina desembarcou em São Paulo na manhã desta terça-feira com a medalha de ouro na bagagem. O retorno ao Brasil, contudo, não foi apenas de festa e exaltação do título obtido no domingo.

Diante da recepção calorosa dos fãs e dos jornalistas, as jogadoras aproveitaram para pedir maior apoio, mais patrocínio e uma Liga Nacional mais fortalecida. De acordo com as atletas, o maior desenvolvimento do campeonato nacional é necessário para repatriar aquelas que jogam atualmente na Europa.

"Chegou a hora de as veteranas voltarem para cá, e as mais novas irem para a Europa, que é o berço do handebol, para ganhar experiência. Isso é fundamental", afirmou a ponta direita Alexandra, eleita a melhor jogadora do mundo em 2012, que aponta os baixos salários no Brasil como um impedimento para esse retorno das jogadores mais experientes.

Esta volta, na avaliação das atletas, fortaleceria as competições brasileiras e permitiria maior troca de experiências com a mais novas, visando a renovação do elenco para depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Atualmente, a seleção brasileira conta com quatro jogadoras acima de 30 anos. Dara, Dani Piedade, Deonise e Alexandra devem defender a equipe nacional somente até a Olimpíada.

Da delegação brasileira, apenas 12 jogadoras desembaraçam no aeroporto de Guarulhos nesta terça. As demais e o técnico Morten Soubak seguiram na Europa por conta de outros compromissos.

Uma das presentes no desembarque, Alexandra exaltou a persistência desta geração do handebol feminino, depois de decepções no Mundial anterior e nos Jogos de Londres. Nas duas competições, o Brasil esteve perto de avançar às fases mais decisivas, mas acabou surpreendido.

"No Mundial, tomamos uma pancada. Depois, achávamos que estávamos prontas para uma medalha na Olimpíada. Mas levamos outra pancada", disse Alexandra. "Aí vimos que faltavam muitas coisas, tomada de decisão, experiência. Trabalhamos nisso, com o objetivo de conseguir uma medalha. E percebemos que poderíamos conseguir mais do que uma medalha, quando estávamos nas quartas de final. Sentimos que estávamos maduras o suficiente para sermos campeãs", declarou.

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