O medalhista olímpico Cesar Cielo voltou a treinar com o australiano Brett Hawke, com quem trabalhou de 2006 a 2010, período durante o qual o brasileiro estudou e defendeu a Universidade de Auburn, no Alabama.
Apesar do retorno da parceria, Cielo não se mudará para os Estados Unidos. O paulista, que conquistou bronze nos 50 m livre nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, continua baseado no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), no Ibirapuera, em São Paulo.
O dia a dia de Cielo, porém, tem uma novidade: a presença do americano Scott Goodrich, assistente de Hawke. Goodrich repassa a Cielo o programa de treino originalmente concebido pelo australiano.
Ex-técnico do principal do velocista brasileiro, Alberto Pinto da Silva, o Albertinho, agora somente acompanha os treinos dele.
"Scott está no Brasil há uma semana e meia, e transmite ao Cielo o programa formulado pelo Brett. Eu palpito em alguma coisa. Se ele me pergunta "como está o braço dele', eu respondo", disse Albertinho à Folha de S.Paulo.
O técnico afirmou ter contrato com o pupilo até 2016. Ambos têm um relacionamento que começou em 2003, quando Cielo entrou no programa da natação de alto rendimento no Esporte Clube Pinheiros.
"De prático é isso, se ele [Cielo] vai me dispensar ou não, não tenho a resposta. Aguardo um posicionamento dele, e por enquanto cumpro aquilo que foi acordado. Prefiro não falar da parte pessoal", esclareceu.
A reviravolta de Cielo afetou o PRO16, projeto de nadadores de elite idealizado pelo medalhista olímpico e que fora criado em 2011.
Segundo Albertinho, outros nadadores como Thiago Pereira e Nicholas dos Santos têm treinado com Felipe Domingues também no COTP, mas em horários diferentes dos de Cielo. O único fato em comum é que todos os nadadores estão à procura de clubes.
Pereira, que também não teve seu contrato renovado com o Corinthians, não demonstrava vontade de deixar o trabalho com Albertinho, parceiro na conquista da sua única medalha olímpica. Mas, com a dissolução do grupo de treinos criado por Cielo, buscará novos rumos. Clubes brasileiros, como o Pinheiros, Minas e Fluminense, mostraram-se interessados em ter o nadador defendendo suas cores. Mas Thiago não descarta voltar a treinar nos EUA.