Isaquias Queiroz perdeu um rim na infância, mas ainda assim tem resultados impressionantes desde que começou na canoagem.| Foto: Jeffrey Swinger/USA Today Sports

A canoagem brasileira conquistou quatro medalhas nesta segunda-feira (13) no Pan-Americano de Toronto. Isaquias Queiroz levou um ouro no C1 1.000 m e uma prata no C2 1.000 m, ao lado do também baiano Erlon Silva. Celso Dias e Vagner Souta ganharam o bronze no K2 1.000 m e Ana Paula Vergut ficou em terceiro lugar no K1 500 m.

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Aos 21 anos, Isaquias foi o grande nome do Brasil, ainda mais porque ganhou a medalha de prata menos de uma hora após ter conquistado o ouro.

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Ele tem sido considerado “fenômeno” e “ponto fora da curva” pelos especialistas. No exterior, ganhou a alcunha de “monstro” por ser forte nas remadas, tanto que especialistas da Alemanha já o convidaram para ir até a Europa a fim de estudarem seu talento. “Eles querem colocar um computador na minha canoa para analisar minha performance”, contou.

Isaquias perdeu um rim quando era pequeno, mas isso nunca atrapalhou seu desempenho. “Tem um amigo que brinca comigo e fala que eu só tenho um rim, mas tenho também três pulmões”, afirmou, rindo. “Sorte que não preciso de cuidados especiais. Tenho apenas de me preocupar com a hidratação.”

Isaquias começou a dar suas primeiras remadas perto de casa. Começou a praticar a canoa, mas lembra que os instrutores ficavam bravos quando ele sumia com ela. “Remava para outro lado, dava uns mergulhos e depois recebia broncas.”

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Irreverente, é ao mesmo tempo xodó da seleção brasileira e quem mais incentiva os companheiros. “Ele é um fenômeno e me ajudou muito no ano passado”, afirmou a paranaense Ana Paula Vergut, de Cascavel, que com o bronze desta segunda-feira se tornou a primeira mulher do Brasil a ganhar uma medalha na canoagem.

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