Serviço
Extremos, de Marcelo Alves
184 páginas, R$ 49,90. Lançamento: hoje, às 19 h, na Livraria Cultura Shopping Curitiba (Av. Brigadeiro Franco, 2300 Centro).
Conhecer os pontos mais inexplorados da terra por meio da corrida. Este foi o sonho percorrido pelo maratonista curitibano Marcelo Alves, 41 anos, que saiu das corridas de rua para as maratonas, e em pouco tempo chegou às provas mais difíceis da modalidade, na Antártida e no Polo Norte.
São essas experiências que o atleta, único brasileiro a participar das duas provas, revela em detalhes no seu livro Extremos, que tem lançamento hoje em Curitiba (ver serviço).
"São provas e lugares muito diferentes de tudo o que temos referência no esporte. Eu reuni no livro minhas pesquisas, informações sobre equipamentos, contatos, os locais de prova e detalhes sobre como foi minha preparação para correr na neve", conta ele, administrador de empresas quando leva uma vida comum.
O livro traz registros fotográficos das duas provas extremas realizadas nos polos, que são disputadas em temperaturas que chegam aos -42°C.
"Passei por uma preparação de um ano e meio para correr na Antártida, e tive um bom resultado, então resolvi aceitar o desafio para correr no Polo Norte, prova que tive apenas seis meses para me preparar", detalha Alves, que também correu maratonas extremas no Everest e na Amazônia, esta considerada a mais difícil do mundo.
Com os bons resultados nas provas extremas, Marcelo foi convidado para correr em janeiro uma prova inédita, o Global Challenge Marathon, em que será o único brasileiro. A competição será um circuito com a disputa de sete maratonas em sete dias, cada prova em um continente e com a recuperação dos atletas durante o voo.
A largada será na Antártida, depois os participantes irão correr outros 42 quilômetros no Chile, Estados Unidos, Espanha, Dubai, Marrocos e Sidney.
"Apenas 12 atletas farão esta prova e vou ser o único brasileiro novamente. Me senti orgulhoso pelo convite, e agora estou em fase de preparação para que meu corpo consiga se recuperar rapidamente entre uma maratona e outra, um trabalho difícil, que estou fazendo com o acompanhamento de toda uma equipe, com nutricionistas e fisiologistas, além de ainda precisar correr atrás de patrocinadores", conta.
Um dos futuros projetos do atleta será um documentário sobre as maratonas extremas. "Eu sempre viajo com uma câmera portátil e já tenho muitos registros, tanto de bastidores quanto das provas".
Antes da seção de autógrafos desta noite, Marcelo irá apresentar uma palestra sobre suas aventuras em lugares extremos do planeta e como isso pode ajudar na superação dos desafios.