Vôlei de praia
Fim de parcerias antigas impulsiona nova fase na carreira de Ágatha
Pela primeira vez, uma atleta paranaense tem chances reais de chegar a um título de campeã do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Tudo graças às mudanças de duplas no meio da atual temporada. Com a separação do time formado por Juliana e Larissa e pela dupla de Talita e Maria Elisa, ambas em dezembro, a curitibana Ágatha, ao lado de Bárbara Seixas, ganhou duas posições no ranking da competição (1.680 pontos) e disputa o título diretamente com Lili e Rebecca, que assumiram a liderança com 1.880 pontos. "Toda essa alteração nos favoreceu muito. São mais quatro etapas, a começar por Fortaleza [com início hoje e finais no domingo]. Temos tempo para reverter a pontuação a nosso favor", diz Ágatha, radicada em Paranaguá.
O melhor resultado na carreira veio em outubro do ano passado, com o bronze na etapa da Tailândia do Circuito Mundial. Com o fim da dupla mais vencedora das areias brasileiras, Larissa e Juliana (que agora forma equipe com Maria Elisa), diz a paranaense, o vôlei de praia nacional fica mais equilibrado. "A Juliana e a Larissa se destacavam muito em relação às outras duplas. É um novo cenário e acredito que eu e a Babi saímos na frente. Estamos bem entrosadas."
Oito times disputam, a partir de hoje, a Superliga B de vôlei masculino. Entre eles, o Foz do Iguaçu, que tenta levar o Paraná de volta à elite nacional do esporte. Para isso, precisa ser campeão do torneio. Algo improvável, na avaliação do próprio time. O primeiro jogo é hoje, às 20 horas, contra o São Caetano do Sul, fora de casa.
O time do Oeste paranaense jogou a Superliga principal na temporada 2007/2008, ficando em último lugar entre 15 concorrentes. Até por isso o retorno acontece em passos cautelosos, tentando contornar um orçamento modesto, na casa dos R$ 120 mil para toda a disputa. Se manter na Segundona já é considerado um bom resultado. "Ninguém entra em uma competição só para participar, mas sabemos que competimos com outras equipes que se preparam há mais tempo e com mais verba", diz o técnico Marcos Vinícius Dias Antunes, mais conhecido como Marcão.
A Superliga B é muito, mas muito mais barata que a Superliga principal. E, com o sistema de disputa em Grand Prix (a cada rodada, as equipes de cada grupo se enfrentam durante três dias seguidos no mesmo ginásio, o que reduz o número de viagens), tornou-se uma competição viável para a participação do Foz.
O time existe desde 1998 e atualmente conta com a parceria de uma universidade local, a Unifoz. O apoio da prefeitura só foi garantido após as eleições, com a troca do grupo no comando (Reni Pereira, do PSB, assumiu no lugar de Paulo MacDonald Ghisi, do PDT). "Esse é um dos grandes problemas do esporte. Não há uma política esportiva dos governos públicos, mas sim uma política para o esporte conforme cada gestão", lamenta o treinador.
Para se ter uma ideia, o orçamento anual da equipe, de R$ 120 mil, é incomparavelmente menor que os da equipe da Primeira Divisão estima-se que o Rio de Janeiro, líder do campeonato principal, tenha investido R$ 16 milhões. Se a verba não é muita, ao menos é garantida, assegura o técnico.
"Não pagamos uma enormidade, mas ninguém nunca saiu sem receber daqui. Por isso, muitos jogadores querem vir para cá."
Em quadra, o Foz tem um time jovem, média de 25 anos de idade. O veterano é o central Kibe, 30 anos, remanescente da Superliga 2007/2008, quando também foi comandado por Marcão.
Até a temporada passada (2011/2012), Londrina era o representante paranaense na Superliga, mas foi rebaixado à Segunda Divisão, e, com constantes atrasos de salário e suspeitas de desvio de verbas dos patrocínios, a equipe nem sequer tentou a inscrição para a Superliga B.
Regulamento
Os dois primeiros colocados de cada grupo passam às semifinais, disputada em melhor de três. Os vencedores vão à final. O campeão garante vaga na Superliga principal na temporada 2013/2014.
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