Curitiba mais uma vez é a capital brasileira do rugby. Jogando no estádio do Canindé, em São Paulo, o Curitiba Rugby Clube venceu o Desterro, de Florianópolis, com direito a muito sofrimento. No tempo normal o confronto acabou em 13 a 13, indo para a prorrogação, que também terminou empatada. Nos tiros penais, vitória dos paranaenses por 2 a 1.
É o segundo título do CRC nos últimos três anos- foi campeão também em 2014-, a terceira final disputada desde que o esporte ganhou ares profissionais no Brasil, em 2010, com os investimentos para a Olimpíada Rio 2016. Azarão na final, os Touros - apelido do CRC - coroaram uma geração de trabalho histórica com a taça.
Ex-atleta e hoje um dos diretores da Federação Paranaense de Rugby, Juarez Vilella Filho estava nas arquibancadas do Canindé, depois de recusar a área VIP. “Quero ver daqui. Eles são melhores, têm dois jogadores na Seleção. Mas podemos surpreender”. Ele se referia a Panta e Rodox, destaques do time catarinense. O CRC estava desfalcado do também selecionável Rambo, que esteve na Rio 2016.
Campeão brasileiro em 2014 e vice em 15, Stefano Padilla foi reforço nas arquibancadas. “Parei por que não tava dando para tocar só com rugby, fui fazer outros projetos”, lamentou. No que pode, contribuiu: esteve agitando a arquibancada, usando o bigode que os atletas também cultivaram em campo, em homenagem a Eduardo “Lalo”, um dos fundadores do CRC. Outro fundador também estava nas arquibancadas, Mauro Calegari. “Em 1982 eu fui morar em Curitiba, treinava rugby na USP. Acabamos criando o clube pra ter como jogar”, conta, já de volta à São Paulo.
Não se viu grade de separação entre as torcidas. Lado a lado, torciam pelos seus times com o entusiasmo e sem a violência do futebol de hoje. Mais valia era dividir a cerveja – liberada – com o camarada sulista. O curioso era o silêncio na hora da execução do penal (que vale 3 pontos). Todos acompanhavam a tentativa respeitando a concentração do atleta, comemorando apenas após a conversão ou erro. Gente que viajou mais de 5 horas para ver o jogo, realizado em São Paulo a mando da confederação. Na arquibancada incontáveis torcedores de muleta, praticantes do jogo que ganharam uma lesão o praticando, quase que como um troféu.
Em campo, em uma final sem paulistas, algo inédito nos últimos 37 anos, o Desterro começou melhor, desperdiçando um penal e convertendo outro logo a seguir (0-3). O CRC tinha dificuldades em chegar a área do Try. Aos poucos o CRC passou a ganhar campo, e Chicho empatou o jogo em um penal, antes do fim do primeiro tempo. A segunda etapa trouxe novos ares. O Desterro começou convertendo mais um penal, assumindo o placar em 6 a 3. Ilha, após um bom ataque, conseguiu o primeiro Try do jogo, com Chicho convertendo mais dois pontos para o CRC no chute (10-6). Em penal, Chicho fez 13 a 6: Mas o Desterro conseguiu o empate com Try de Rodox e conversão de Panta: 13 a 13 e prorrogação.
Chicho poderia ter colocado o CRC à frente em mais um penal, que caprichosamente beijou a trave. Com muita tensão em campo, ninguém pontuou na prorrogação, que acabou empatada. A decisão então foi nos chutes penais. Ilha e Leonardo converteram para o CRC, que fez 2 a 1. Com isso, o Curitiba Rugby foi campeão brasileiro 2016.
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