A partir das 17h10 (horário de Brasília) deste sábado (25), o piloto curitibano Augusto Farfus disputa a tradicional prova das 24 horas de Daytona, nos Estados Unidos. É a segunda vez que o piloto enfrenta o desafio em uma das pistas mais tradicionais do automobilismo, mas, agora, em uma situação bastante diferente da sua estreia do circuito oval da Flórida.
A estreia foi há 11 anos, em 2003. "Voltar à Daytona é muito especial para mim. Nos anos anteriores, tinha de priorizar a minha preparação. Correr em Daytona é para um piloto como para um jogador de futebol estar no Maracanã. Em 2003, eu tinha 20 anos, era como se fosse jogador do sub-20, que não se espera nada mais do que toque na bola. Mas cheguei a estar na frente e, se não fosse um cano do carro que quebrou faltando duas horas para o final, minha equipe poderia ter subido ao pódio", relembra Farfus.
Para a prova deste ano, o curitibano lidera a equipe norte-americana Turner Motorsport e fala em vitória. Na quinta-feira (23), foi o piloto escolhido para guiar o BMW Z4 GTD na sessão que definiu o grid de largada e, com o tempo de 1min47s418, assegurou o 10º lugar em sua classe, a GT Daytona (GTD). A pole-position ficou com Christopher Haase, que foi menos de 0s5 mais rápido que Farfus. "Foi um resultado acima daquilo que estávamos esperando. Quando a gente olha para a tabela e vê que a diferença para o pole foi de apenas meio segundo, então isso não é tão desesperador, ainda mais levando em conta que vamos ter pela frente uma corrida de 24 horas", fala.
Além do brasileiro, sua equipe é formada pelos pilotos Markus Palttala (Finlândia), Paul Dalla Lana (Canadá) e Dane Cameron (Estados Unidos), respeitando um critério de qualificação de cada um que os classifica como platinum, ouro, prata e bronze. Farfus é o piloto platinum do time. O que lhe deu esse status, entre outros fatores, foram os bons resultados de 2013, entre eles, o vice-campeonato na DTM, o campeonato alemão na categoria turismo, correndo pela BMW. "Mas ninguém vive de status no automobilismo, vive de resultado. E é isso que quero buscar em Daytona. Venho, claro, mais experiente. Em 2003, nunca tinha guiado em uma prova de 24 horas, ou guiado à noite, Chego com outro ânimo,com pressão maior; mas, com o regulamento que tornou os carros mais competitivos, também mais animado", diz o curitibano.
Outros nove brasileiros estão confirmados na prova norte-americana, entre eles, dois paranaenses: o curitibano Julio Campos e o pato-branquense Gabriel Casagrande correm pela mesma equipe. Os demais representantes do Brasil em Daytona são Christian Fittipaldi, Tony Kanaan, Bruno Junqueira, Francisco Longo, Daniel Serra, Xandinho Negrão, Raphael Matos e Marcos Gomes.
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