A decisão foi tomada e o anúncio será realizado na primeira quinzena de 2017. A Federação Internacional de Basquete (Fiba) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) fecharam o acordo para intervenção na Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Além de um representante da Fiba e outro do COB, o colegiado que assumirá o comando para recolocar o basquete brasileiro nos trilhos contará com participação de uma pessoa ligada ao Ministério do Esporte e ainda um ex-atleta campeão mundial pela seleção.
O presidente da CBB, Carlos Nunes, já foi avisado da intervenção, mas, por enquanto, não irá se posicionar até receber uma comunicação oficial. O seu mandato termina daqui três meses, quando estava programado para acontecer o pleito para eleger seu sucessor. A Fiba vai detalhar o plano de recuperação do basquete brasileiro apenas no começo do próximo ano, mas não haverá eleição.
Neste cenário, o presidente da Federação Paranaense de Basquete, Amarildo Rosa, que era o favorito contra Antonio Carlos Barbosa, não conseguiu impedir uma posição da Fiba antes da eleição. Assim que soube da possibilidade de intervenção, o dirigente entrou em contato com os representantes da entidade máxima do basquete para divulgar sua plataforma de trabalho e garantir que, com ele, tudo iria mudar na gestão da CBB.
Os nomes dos escolhidos para participarem do colegiado ainda são mantidos em sigilo. A única certeza é que Jose Luiz Saez fará parte. Ex-presidente da Federação Espanhola de Basquete, ele foi o responsável por avaliar a real situação da CBB e recomendar à Fiba que a entidade fosse suspensa até 28 de janeiro de 2017. A decisão foi anunciada em novembro.
O ex-jogador Paulinho Villa Boas, que trabalhou na própria CBB, no COB e no Comitê Rio-2016, também ganha força nos bastidores. A inclusão de um campeão mundial pela seleção foi definida nas últimas reuniões. Hortência e Paula, que conquistaram o título em 1994, são duas boas possibilidades, já que o basquete feminino é uma das maiores preocupações da federação internacional.
A Fiba pretende realizar profundas mudanças na CBB, entidade que acumulou dívidas de R$ 17 milhões, segundo o seu último balanço. Reformular o estatuto é uma das prioridades, com ênfase na divisão de forças, tirando o poder das mãos dos presidentes das federações, hoje os únicos que votam na eleição.
Por enquanto está descartada a possibilidade da desfiliação da CBB da Fiba para que outra entidade, sem dívidas, fosse criada. Em um primeiro momento, a intenção do colegiado é colocar tudo em ordem sem necessidade de uma decisão ainda mais radical.
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