Mesmo marcado por um escândalo de manipulação de resultado nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado, o badminton está em alta no Brasil. De olho na próxima edição da Olimpíada, no Rio de Janeiro, em 2016, o país pretende investir na modalidade para não fazer feio em seu quintal. O primeiro passo para lapidar atletas capazes começa a ser dado hoje em Curitiba, com a 1.ª etapa do Campeonato Nacional de Badminton, no Clube Curitibano.
A competição envolverá 300 atletas de 16 federações, divididos em três categorias: principal (a partir de 19 anos), jovens (11 a 18 anos) e parabadminton. Todos que entrarem quadra estarão competindo por um espaço na seleção brasileira da modalidade uma espécie de fusão entre tênis e peteca. Os treinos com a equipe que representará o Brasil em competições internacionais começam logo depois do evento paranaense, programado para terminar no domingo.
"Nosso projeto é ter três seleções permanentes. A masculina e a feminina, que irão se preparar para 2016. E a de jovens, já visando à equipe para a competição em 2020. Se tivermos o fortalecimento da seleção brasileira, e deixarmos ela competitiva, teremos resultados que vão favorecer a popularidade do badminton", explica o presidente da entidade, Francisco Ferraz.
Em Londres, oito jogadoras asiáticas entre as quais algumas consideradas favoritas foram excluídas dos Jogos sob a acusação de não se dedicarem para vencer seus duelos porque estavam antecipadamente classificadas para a próxima fase. Em resumo, teriam perdido de propósito. Acabaram não só denegrindo a própria imagem como também colocaram em dúvida a ética desportiva em seus países.
A má propaganda, porém, não chega a preocupar os responsáveis por tentar popularizar o badminton no país do futebol. "Felizmente, esse fato não chegou a atingir a imagem do badminton a fundo. Ele conseguiu manchar a imagem de seriedade e comprometimento dos orientais, que demonstraram não ter tanta disciplina", minimiza.
Atualmente, o Paraná tem aproximadamente 3,5 mil praticantes da modalidade, espalhados em 23 clubes. Desses, 700 jogam profissionalmente no circuito de provas promovido pela Confederação. Na etapa nacional em Curitiba, 75 paranaenses de oito clubes irão brigar por uma vaga na seleção.
"Hoje o Paraná é um dos poucos estados brasileiros que têm o badminton trabalhado de forma tão competitiva. Temos vários clubes, em várias cidades, com muitos atletas de qualidade. Sei que vamos conseguir emplacar alguns paranaenses na seleção neste ano", afirma Elizeu Machado, presidente da Badminton Federação Paranaense.
Serviço
Local: Ginásio de Esportes do Clube Curitibano R. Petit Carneiro, 970 Água Verde, a partir de 8h30, de hoje a domingo. Entrada gratuita.