Curitiba abre raia para Olimpíada do Rio de 2016

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Das remadas de pequenos canoístas ao desempenho de elite que pode garantir uma vaga nas equipes permanentes da modalidade. A partir de hoje, o Parque Náutico do Iguaçu vai reunir cerca de 400 atletas de 12 estados para a disputa do Campeonato Brasileiro de Canoagem de Velocidade. A movimentação vai das 8 h às 18 h com entrada livre para o público.

Uma oportunidade de estreia, experiência e afirmação. Classificado como um evento de Controle Nacional, quem for mais rápido garantirá espaço para disputar as competições internacionais de 2015. Uma chance importante logo na antevéspera da Olimpíada do Rio, em 2016. Como país sede, o Brasil tem vaga garantida e arrisca sonhar com o pódio de Isaquias Queiroz, na canoa.

Apelidado de "O Animal" pela imprensa internacional especializada, o baiano de 20 anos colocou o país no topo da modalidade ao conquistar neste ano o bicampeonato mundial e é o mais aguardado na capital paranaense – sua presença não foi confirmada.

Até então, o mais expressivo resultado do país havia sido o ouro no Pan-Americano do Rio e um nono lugar na Olimpíada de Atlanta-1996 com o argentino naturalizado brasileiro Sebastián Cuattrin.

Nas raias curitibanas estarão também outros nomes expressivos da canoagem, como os medalhistas mundiais Erlon Souza e Valdenice Conceição. A disputa inclui ainda a paracanoagem, representada pelos favoritos Fernando Rufino, Luís Carlos Cardozo e o ex-BBB, Fernando Fernandes – ele sofreu um acidente em 2008 no qual perdeu o movimento das pernas e é tetracampeão mundial paraolímpico.

As provas vão testar o espaço no Parque Náutico que voltará a abrigar permanentemente o CT de Canoagem de velocidade, desta vez das equipes de canoa feminina e de caiaque. Serão 36 atletas que contarão com toda estrutura de preparação.

O novo endereço faz parte do remanejamento promovido na modalidade após a morte de por afogamento da canoísta Dienifer Loreto, de apenas 15 anos, enquanto treinava na represa de Guarapiranga, em São Paulo, em fevereiro deste ano. Ela fazia parte da seleção brasileira das categorias de base. Segundo testemunhas, teria entrado na água sozinha e sem colete salva-vidas.

A insatisfação com as realizações dos treinos já vinha crescendo por causa do movimento de embarcações na represa e com o episódio decidiu-se pela troca no local de treinos.