Curitiba esboça volta ao cenário nacional

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Quatro clubes com um objetivo comum: ingressar na elite do basquete nacional. Se sozinhos a tarefa não era nada fácil, decidiram se reunir e formaram uma só equipe, o Novo Basquete Curitiba (NBC). Quem articulou a junção dos times do Círculo Militar do Paraná, Sociedade Thalia, Núcleo Viking de Basquete e Titãs foi o ex-pivô da seleção brasileira, Rolando Ferreira Júnior, primeiro brasileiro a jogar na NBA, em 1988.

A nova equipe já disputa sua primeira competição, a Liga Desenvolvimento de Basquete, promovida pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB) na categoria sub-22, mas para cumprir o caminho até chegar à disputa do Novo Basquete Brasil (NBB, principal competição do esporte no país), será necessário tempo. "As equipes tiveram de colocar de lado suas individualidades. Em curto prazo, temos de fazer o trabalho com a base e formar um time para servir de espelho para a criançada. Depois, pensaremos em conquistarmos vagas em finais e uma participação no NBB", diz Rolando, que ocupa o posto de supervisor do time. "Nunca em Curitiba tivemos uma equipe de ponta e, sozinhos, nenhum dos quatro times ia conseguir. Com a junção das forças, é a realização de um sonho", emenda.

No projeto, cada um dos quatro times manterá suas categorias de base e, em comum, formarão o time adulto. O projeto do NBC vinha sendo discutido entre os clubes e a prefeitura de Curitiba desde o início do ano; o convite da CBB ao Círculo Militar para a disputa da Liga foi estendido ao NBC, o que acelerou a formação do time curitibano.

Para a prefeitura, o NBC serve de base para fomentar a prática do basquete nas escolas e nos centros de lazer na cidade. Ao município caberá divulgar o time e intermediar a busca de patrocinadores. "Buscar uma vaga no NBB deve acontecer entre 2015, 2016. Queremos continuidade. Experiências anteriores não conseguiram isso; trouxeram equipes de fora, com alto investimento, ficaram por uma ou duas temporadas e migraram para outras cidades, frustrando a comunidade esportiva local. Queremos ter uma equipe com boa base local", diz o diretor de Incentivo ao Esporte e Promoção Social da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ), Antônio Cândido de Medeiros Junior, garantindo que não haverá verba pública na equipe profissional.

O clube ainda não tem camisa, escudo ou local de treino definido, mas já cogita trazer um técnico de fora, com experiência em disputas nacionais, para formar o time principal do NBC. "Vamos montar o time com calma, para termos longevidade", destaca Rolando.