O Paraná está próximo de ter um representante no Ironman do Havaí de 2015 a principal prova de triathlon do mundo, que acontece em outubro.
No dia 8 deste mês, Guilherme Manocchio aproximou-se da disputa ao vencer o Ironman de Fortaleza. O atleta de 32 anos fechou a longa prova 3,8 km de natação, 180 km de bicicleta e 42 km de corrida em 8h30min16s.
O resultado rendeu ao curitibano 2.000 pontos no ranking mundial do esporte e foi um grande passo rumo à elite da modalidade. Os 50 melhores atletas estarão presentes em Kona, no Havaí, ano que vem. Manocchio ocupa hoje o 20.º lugar.
Otimista, Guilherme se baseia nos índices para as disputas dos rankings anteriores para avaliar suas possibilidades. "Tenho entre 80 e 90% de chances [de conseguir a vaga]", estima o triatleta. "Fiz uma boa pontuação no começo do ano. Se fizer mais umas duas provas entre os cinco primeiros, praticamente viabiliza a classificação", projetou.
Para chegar neste estágio, Manocchio trabalhou muito seu primeiro triatlo aconteceu aos 12 anos, por influência do irmão.
Desde então, não parou mais. "Com o tempo, aumentei o ritmo e me profissionalizei aos 19 anos. Fiz isso por ter índice técnico, pois ainda não treinava com a intensidade que desejava", admite. A mudança veio aos 24 anos, quando venceu o Long Distance Caiobá, uma prova de longa duração, equivalente a meio Ironman. Seu primeiro Ironman foi disputado aos 28 anos.
A rotina de Guilherme mudou bastante, com treinamento duro todos os dias. "Pela manhã, faço treinos físicos e quatro horas de ciclismo, ponto que vejo como mais fraco em meu desempenho. Durante a tarde, divido as atenções entre natação e corrida", descreveu, lembrando que nem sempre pratica os três esportes nos dias em que deixa algum deles de lado, ocupa o tempo com musculação.
Alimentação adequada e sessões de fisioterapia também fazem parte da vida do triatleta.
Referência nacional no triatlo de longa distância, Guilherme conseguiu o apoio de patrocinadores. "As empresas acreditaram em meu potencial, o que facilitou bastante as coisas", relata. O atleta recebe material e incentivos de bônus por resultados positivos, e deve agora ganhar um papel importante no desenvolvimento do esporte. "Uma equipe brasileira com três atletas de nível mundial será formada, o Team Bravo, e serei um deles", diz, lembrando que a iniciativa terá como foco a popularização do triatlo no Brasil.