Atletas chegam a Londrina para a disputa dos Jogos Escolares da Juventude.| Foto: Saulo Cruz/Exemplus/COB/Saulo Cruz/Exemplus/COB

A partir desta quinta-feira (12), Londrina recebe o futuro do esporte brasileiro durante os Jogos Escolares da Juventude. Até o próximo dia 21, cerca de quatro mil atletas com idades entre 15 e 17 anos estarão na cidade para disputas em 13 modalidades. Essa será a terceira vez que o município recebe o evento, desta vez, também de olho nos Jogos Olímpicos do ano que vem, no Rio.

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O presidente da Fundação de Esportes de Londrina (FEL), Vilmar Caus, espera que as estruturas utilizadas na cidade para os Jogos Escolares sirvam para atrair atletas olímpicos de diversos países em 2016. Ele cita como exemplo a pista de atletismo da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Embora esteja fechada para reformas no momento, ela será de nível internacional. “É um palco que poderia muito bem receber qualquer equipe para as Olimpíadas. É uma reforma estrutural completa, que vai custar mais de R$ 5 milhões.”

Temporariamente sem a pista da UEL, as provas de atletismo foram transferidas para o Estádio Willie Davids, em Maringá. As demais modalidades serão disputadas em espaços espalhados por Londrina e região metropolitana. Entre as estruturas que serão utilizadas está o Autódromo Ayrton Senna (ciclismo), Arel (natação) e o Aterro do Lago Igapó (vôlei de praia), que a partir de janeiro receberá uma quadra para atender competições internacionais.

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Já o Centro de Eventos de Londrina sediará as competições de judô e luta olímpica, além de contar com uma área de convivência, que terá diversas atrações educativas e culturais para os jovens interagirem no intervalo das competições. Neste espaço, também foi instalado o refeitório, onde serão servidas quase 57 mil refeições até o fim do evento.

Grande estrutura

Para a competição em Londrina serão utilizadas 90 toneladas de equipamentos. Entre os mais de 500 itens da lista, estão 9 mil camisetas, 225 lixeiras recicláveis, 115 celulares, 14 rádios comunicadores, além de todo material de competição: placares eletrônicos, traves, redes, pisos esportivos, tatames e bolas.

Apesar de todo o esforço londrinense, o diretor geral dos Jogos Escolares, Edgar Hubner, ressalta que é preciso mais para que Londrina alcance o status de ponto de apoio para delegações olímpicas.

“Esse é um trabalho que a cidade que tem vocação, que entende que tem uma estrutura, precisa mostrar para os outros países. Londrina tem uma estrutura que atende as exigências dos jogos escolares. Mas pode ser que as exigências dos países que vão disputar as olimpíadas sejam um pouco maiores”, explicou.

Economia aquecida

A competição também é motivo de otimismo para a economia. No ano passado, quando Londrina sediou a etapa 12 a 14 anos dos Jogos Escolares, uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) ao Sebrae apontou que o evento movimentou R$ 9,5 milhões em menos de 10 dias. “Vamos candidatar Londrina como palco dos Jogos Escolares de 2016”, diz Arnaldo Falanca, diretor-executivo da Abrasel em Londrina.

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Neste ano, os participantes ficarão em 21 hotéis de Londrina e quatro de Maringá, com 27 mil diárias, segundo o COB. A competição deve movimentar o comércio local.

“É um grande negócio. Os hotéis ficam lotados e Londrina tem o cenário perfeito. Com uma ou outra exceção, os locais de provas são perto das acomodações. É fácil circularem e consumirem serviços”, explica o diretor da Abrasel. “Viajar para jogar é sempre algo que fica na lembrança de quem participa. Londrina passa a fazer parte das memórias de quem passou pela cidade. Nosso município vira uma referência positiva quando os atletas voltam para suas casas.”