Usain Bolt não se intimidou com a chuva que caía no Estádio Luzhniki, em Moscou, neste domingo, e faturou mais uma medalha de ouro para sua coleção. O jamaicano deixou os rivais para trás e venceu os 100 metros com o tempo de 9s77, sua melhor marca da temporada. O norte-americano Justin Gatlin levou a prata, com 9s85, e o jamaicano Nesta Carter ficou com o bronze - 9s95.
Ao contrário do que aconteceu na semifinal, Bolt fez boa largada sem mostrar a mesma cautela da disputa anterior, apesar da chuva. Com a pista do estádio molhada, o recordista mundial disparou e não teve dificuldade para emparelhar com Gatlin até superar o americano nos metros finais.
A boa marca de Bolt foi conquistada com vento contra, com velocidade de 0,3 m/s. Mesmo assim, registrou o segundo melhor tempo da temporada. Só ficou atrás dos 9s75 do americano Tyson Gay, que deve ter cassado suas marcas porque admitiu ter sido flagrado em teste antidoping há poucas semanas. Foi por isso que Gay não participou do Mundial.
Com mais esta vitória, Bolt se sagrou bicampeão mundial nos 100 metros e superou o trauma do último Mundial. Em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011, ele perdeu a chance de faturar o segundo título ao queimar a largada - a conquista acabou ficando com o compatriota Yohan Blake. O primeiro ouro mundial de Bolt foi obtido em Berlim, em 2009. Na ocasião, ele havia cravado o recorde mundial de 9s58
O triunfo deste domingo confirma a hegemonia de Bolt em uma das provas mais tradicionais do atletismo. Neste ano, ele não vinha exibindo as mesmas performances dos anos anteriores, o que levantava suspeita sobre suas futuras conquistas e até seu potencial para os Jogos do Rio, em 2016.
No entanto, o jamaicano reagiu novamente com mais uma vitória incontestável, a exemplo do que fez na Olimpíada de Londres, quando foi bicampeão dos 100 e 200 metros e do revezamento 4x100m. Em Moscou, ele ainda vai buscar a medalha de ouro nestas outras duas provas.
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