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Ricardinho vai para a Itália, mas de olho na administração do time de Maringá. | Ivan Amorin/ Gazeta do Povo
Ricardinho vai para a Itália, mas de olho na administração do time de Maringá.| Foto: Ivan Amorin/ Gazeta do Povo

Os próximos dois meses do levantador Ricardinho estavam planejados.O paranaense de 39 anos, que também é presidente do Ziober Maringá Vôlei, assumiria a dianteira nas negociações por patrocínios para a próxima temporada da equipe, eliminada nas quartas de final da Superliga na segunda-feira (16). Só que uma oferta surpresa mudou tudo. O campeão olímpico embarca nesta quinta-feira (19) para a Itália, onde defenderá o Cucine Lube Banca Marche Macerata por 40 dias, na fase final do campeonato italiano.

“A proposta surgiu de ultíssima hora terça. Estou correndo contra o tempo para ajeitar a documentação e enviar as coisas. Uma loucura. Foi uma decisão que tive de tomar”, fala Ricardinho, contratação pontual do time de Treia para substituir o levantador titular, Michele Baranowicz, lesionado.

Mesmo em outro continente, o jogador/cartola garante que vai se inteirar do futuro do time de Maringá. Até porque o momento é crítico para a montagem do elenco da próxima temporada, pois a permanência dos patrocinadores não está confirmada.

A maior parte do trabalho fica com uma equipe de quatro pessoas, mas a palavra final é do presidente. “A diretoria tem total liberdade para trabalhar, mas é claro que existe a teleconferência [para se comunicarem]. E são só 40 dias. Não vou estar fisicamente aqui, mas continuo tomando conta”.

Pelo menos um grande patrocinador (Copel Telecom) está próximo de confirmar o apoio para a próxima Superliga. Já a metalúrgica Ziober, principal apoiadora, ainda não fechou permanência. Porém, um cenário como esse ainda não seria suficiente para custear um time do mesmo nível do atual, cujo investimento é de aproximadamente R$ 4 milhões.

“Aí o jeito seria montar um time mais com garotada”, confessa o levantador, que sonha com orçamento de R$ 6 milhões para tentar chegar às semifinais da Superliga pela primeira vez. Em 2015, o clube foi eliminado pelo Sesi-SP, por 2 a 1, nas quartas de final. Em 2014, parou na mesma fase, com duas derrotas para o Sada Cruzeiro.

Além de levar o nome de Maringá para fora do país, Ricardinho, que já atuou por seis anos na Itália, também espera colher frutos da breve passagem pelo atual campeão italiano. E quem sabe prospectar os reforços necessários para mudar o patamar do único representante paranaense na Superliga.

“Tem muita gente que jogou comigo que hoje é técnico ou diretor de clubes. Vamos trocar muita informação, com certeza, e quem sabe até repatriar algum brasileiro que não é muito conhecido aqui, mas se destaca por lá”, finaliza.

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