Com o atual campeão mundial e o líder do ranking, o Brasil nunca esteve tão bem representado para receber a elite do surfe. A partir desta semana, o Rio Pro reúne os principais atletas da modalidade na quarta etapa do Circuito Mundial. A janela de disputas começa nesta segunda-feira (11), mas a previsão de ressaca na praia da Barra da Tijuca pode adiar o início das baterias para a terça (12). Ondas perfeitas estão previstas só para quarta (13).
O novo status brasileiro na competição foi garantido após a conquista inédita de Gabriel Medina em dezembro de 2014. Foram 38 anos de espera até um surfista do país ser coroado como o melhor do mundo.
A boa fase continuou nesta temporada com um ótimo início de Adriano de Souza, o Mineirinho. Nas três primeiras etapas na Austrália, ele conquistou um terceiro lugar (Gold Coast), um vice (Bells Beach) e um título (Margaret River). Assim, o paulista de 28 anos chega vestindo a camisa amarela de líder do campeonato e como forte candidato ao título.
Mineirinho é o veterano à frente da geração chamada de Brazilian Storm. Além de Medina, a ‘tempestade’ conta ainda com Wiggolly Dantas, Ítalo Ferreira, Jadson André, Filipe Toledo e Miguel Pupo.
A eles se juntará o líder da divisão de acesso Alejo Muniz. O argentino naturalizado brasileiro foi chamado para substituir o taitiano Michael Bourez. Vencedor da etapa brasileira em 2014, ele quebrou a mão e uma vértebra ao cair enquanto surfava nas temidas ondas de Teahupoo.
Estrelas como Kelly Slater, Taj Burrow e Joel Parkinson também competirão nas ondas do Rio.
Além da espera pelas condições perfeitas para as ondulações do surfe, os organizadores enfrentam críticas sobre as condições da água da Barra. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea-RJ), considerou o local impróprio para banho. “Essa água é assim desde que eu comecei a surfar, aos 14 anos”, rebateu o ex-surfista e organizador da etapa Teco Padaratz , hoje com 44 anos de idade. “Estão criando uma história enorme em cima disso”, minimizou.