Campeã mundial em 2013, a seleção feminina de handebol é favorita na decisão no Pan, nesta sexta (24), às 21h (de Brasília), contra a Argentina. Mas não é apenas em busca de mais um título continental -o quinto consecutivo- que as comandadas do dinamarquês Morten Soubak estão em Toronto.
Conscientes do enorme desnível em relação às rivais das Américas, as brasileiras aproveitaram as quatro partidas antes da final para experimentar novas formações, adaptar atletas em novas funções e treinar para o Mundial da Dinamarca, em dezembro.
“Não penso no placar, mas como vou ganhar o próximo jogo. Aqui os placares foram elásticos, com europeus é diferente. Mas somos da América, e não vamos mudar de continente”, afirma Morten.
No Pan de Toronto, antes da final, o Brasil marcou 160 gols e sofreu 74. Um saldo positivo de 86. A Argentina, outra finalista, tem saldo de 26.
“Temos que tratar todos com respeito, mas não tenho cérebro para baixar a bola, sempre quero tirar o máximo das jogadores”, diz o treinador da seleção.
Além de exigir muita aplicação nos jogos, mesmo nas goleadas, Morten aproveitou que está praticamente com todas suas principais atletas para fazer experiências.
A seleção foi a Toronto sem a armadora Duda, eleita a melhor do mundo ano passado e recuperando-se de uma grave lesão no joelho, e a pivô Dara, capitã do time que trata uma trombose na perna.
Sem estes dois destaques defensivos da equipe, Morten testou uma defesa mais agressiva e avançada em Toronto.
“Fizemos essa mudança porque queremos jogar no 5 x 1 no Mundial. Acredito que dá para jogar contra as europeias assim”, explica o treinador, sobre o posicionamento com uma linha de cinco jogadoras perto da área e uma mais à frente, marcando a troca de bola das armadoras.
“Ele cobra muito mais a defesa. Porque defesa ganha jogo. Independentemente dos placares, temos metas a cumprir a cada jogo. Indiferentemente do nível das rivais, testamos metas defensivas, jogadas de ataque e mudança de posicionamento”, conta a armadora Deonise.
Posições
Outra mudança importante está no posicionamento de Alexandra Nascimento, eleita melhor do mundo em 2012.
Originalmente ponta direita, ela jogou alguns minutos como armadora no lugar de Deonise no Pan. O que Morten quer é aproveitar o bom desempenho de Jéssica, mais aberta pela ponta, e assim ter um poderoso lado direito no time.
“Estou tendo que me reinventar. Ela é novinha e está sendo muito positivo para mim tê-la na equipe”, diz Alexandra, 33, sobre Jéssica, 24, que não esteve na conquista do Mundial porque se lesionou pouco antes da competição na Sérvia.
“Não é fácil jogar na mesma posição da melhor do mundo. Ela voa. Eu sou de uma geração que vem vindo. Mas é uma disputa sadia”, responde Jéssica.
Assim, com mais opções táticas, o Brasil espera buscar o bi no Mundial. Antes, nesta sexta, ainda precisa conquistar o penta no Pan.
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