Percorrer sozinho os 42 quilômetros de uma maratona, suportar temperaturas que ultrapassam os -30ºC e ainda ficar atento ao risco de se deparar com ursos polares pelo caminho. Tudo isso sob as luzes da Aurora Boreal, fenômeno óptico natural que preenche com cores a escuridão do céu de inverno da Noruega.
A partir da próxima segunda-feira (18), esse será o desafio do aventureiro curitibano Marcelo Alves, especialista em corridas extremas ao redor do globo. O projeto exclusivo, denominado Noite Polar, surgiu da parceria entre Alves e uma empresa norueguesa de produção de vídeos, especializada em filmagens na neve.
“Conheci o dono desta produtora há cerca de dois anos, quando fui participar de uma corrida no Polo Norte”, conta Alves, sobre a origem do projeto, que prevê um documentário na sequência. A solitária empreitada acontecerá na ilha de Spitsbergen, o maior do arquipélago ártico de Svalbard, na Noruega — ponto habitado da Terra mais próximo do Polo Norte.
O currículo de Alves comprova que o curitibano é veterano nesse tipo de desafio. Primeiro brasileiro a correr nos Polos Norte e Sul, o aventureiro foi o único representante sul-americano na Marathon Challenge de 2015, quando correu sete maratonas, em sete dias seguidos, em sete continentes diferentes.
Recentemente, Alves participou de outra maratona radical no Deserto do Atacama, o mais árido do mundo, sob o ar rarefeito de uma altitude de 4,4 mil metros, no Chile. Mesmo carregando esta bagagem na mochila, o corredor prevê novos obstáculos na Noite Polar.
“Pela primeira vez vou correr sozinho, sem a presença de outros competidores. Apesar disso, vou estar na casa dos ursos polares. Então vou ter caçadores me acompanhando, além de uma moto de gelo responsável pela segurança, mas tudo isso à distância”, explica Alves, que carrega sempre consigo uma bandeira de incentivo à doação de medula óssea.
Antes de viajar para a Noruega, o corredor se preparou fisicamente em Curitiba, treinando em média cinco vezes por semana. Administrador de empresas, Alves concilia a vida empresarial com a veia aventureira. Mas deixa claro. Entre administrador e aventureiro, prefere a segunda função.
“Nesta época do ano, nesta localidade [Spitsbergen], é a maior probabilidade no planeta de acontecer a Aurora Boreal. Ficamos na expectativa, pois seria a cerejinha do bolo”, comemora, ansioso por presenciar o fenômeno natural pela primeira vez.
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