Em três dias de competições de esgrima nos Jogos Pan-Americanos, o Brasil já pelo menos igualou suas melhores campanhas na história da competição, uma vez que tanto no Rio (2007) quanto em Guadalajara (2011), ganhou três medalhas, todas de bronze. Nesta quarta-feira, quem vai ao pódio é Ghislain Perrier, no florete.
Ghislain nasceu em Fortaleza, mas foi adotado por um casal francês quando tinha um ano de idade. Diante da possibilidade de competir pelo país natal, resolveu mudar a cidadania esportiva em 2013, tornando-se um dos principais nomes da esgrima nacional, o primeiro a ganhar medalha em uma etapa de Copa do Mundo.
Número 52 do ranking mundial, garantiu a medalha em Toronto porque chegou, nesta tarde, à semifinal. Segundo da poule (como é chamada a fase de grupos na esgrima), chegou bem ranqueado ao mata-mata. Ali, venceu o argentino Felipe Saucedo (129.º do mundo), por 15 a 8, e o canadense Maximilien van Haaster (58.º), por 15 a 13.
Às 20h (horário de Brasília), Ghislain vai encarar um dos favoritos ao título, o norte-americano Gerek Meinhardt, oitavo do mundo e medalhista de bronze no Campeonato Mundial, há apenas seis dias. Na outra semifinal está o também americano Alexander Massialas, líder do ranking e vice mundial.
Na segunda-feira, o Brasil subiu pela primeira vez ao pódio na esgrima em Toronto com o bronze de Renzo Agresta, que, no sabre, venceu no caminho o vice-campeão mundial. Na terça, foi a vez de Nathalie Moellhausen terminar em terceiro, na espada.
Em Guadalajara, o Brasil também ganhou três medalhas, todas de bronze, mas duas delas vieram nas disputas por equipes, que começam apenas nesta quinta-feira. Como cada país tem apenas uma equipe, as chances de o Brasil ir ao pódio são maiores.
Eliminados
No florete masculino, o Brasil também foi representado nesta quinta-feira por Guilherme Toldo, número 51 do ranking mundial, que foi eliminado por Massialas, melhor do mundo na atualidade. Ele volta a competir no sábado, por equipes, com Ghislain e Fernando Scavasin.
Entre as mulheres, a caçula Gabriela Cecchini, de apenas 18 anos, medalhista em Mundial Cadete, foi quem chegou mais longe. A gaúcha perdeu nas quartas de final, para Lee Kiefer, dos Estados Unidos, quarta do mundo. Já Bia Bulcão parou na canadense Kelleigh Ryan, nas oitavas de final. Por equipes, elas terão a companhia de Taís Rochel.
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