Um dos principais alvos dos protestos no Rio, o governador Sérgio Cabral (PMDB) anunciou nesta tarde de segunda-feira (29), por meio de sua página no Twitter, que o parque aquático Júlio Delamare não será mais demolido. A destruição do centro esportivo estava prevista no contrato de concessão assinado entre o governo e o Complexo Maracanã, grupo que venceu licitação para administrar o estádio pelos próximos 35 anos.
No Twitter, Cabral escreveu que tem "ouvido muitas manifestações em defesa da permanência do parque aquático no complexo do Maracanã". O governador disse ter ligado para o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes Filho.
"Disse ao Coaracy Nunes que refleti sobre o Júlio Delamare", escreveu Cabral. "Coaracy me disse que o governo com isso estaria atendendo à natação brasileira. Diante disso, o Júlio Delamare está mantido".
Nos últimos meses, o presidente da CBDA havia feito duras críticas ao governador, por conta da demolição anteriormente prevista para acontecer.
Sobre o estádio de atletismo Célio de Barros, Cabral afirmou ter marcado para quarta-feira uma conversa com o presidente da Federação de Atletismo do Rio, Carlos Alberto Lancetta. O governador disse ter ligado para o dirigente. "Disse a ele que desejo encontrar a melhor solução para o atletismo do Rio", escreveu Cabral.
O Célio de Barros faz parte do complexo esportivo do Maracanã e já começou a ser demolido. A pista de atletismo, por exemplo, já não existe mais. Na reforma do Maracanã (que chegou na semana passada a quase R$ 1,2 bilhão gastos por meio de recursos públicos), o Célio de Barros foi usado como canteiro de obras.
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