A lógica brasileira para formar atletas com muito suor e pouco apoio ganha força no dia a dia da Associação Ginástica Rítmica Curitiba (GRC) um dos projetos mais promissores do esporte amador local.
O grupo surgiu em 2005 e treina cerca de 30 meninas entre sete e 18 anos. As adversidades para manter a equipe em ascensão são muitas.
A começar pela falta de estrutura física e a dificuldade de se manter em um lugar adequado. A CRG está há dois anos treinando no ginásio do Paraná Clube, na sede Kennedy, depois de ter passado pelo clube Juventus e pelo colégio Bagozzi.
"Sabemos das dificuldades [financeiras] pelas quais o Paraná Clube está passando, e se um dia não pudermos mais ficar aqui não teremos para onde levar as meninas", conta, preocupada, Bárbara Tagata, coordenadora e técnica da associação.
Buscar patrocinadores e melhorar a estrutura de treinamento abrem a página seguinte do trabalho. A GRC está contemplada na Lei de Incentivo ao Esporte, mas ainda não conseguiu captar todos os recursos necessários para a equipe.
A Prefeitura de Curitiba também apoia o grupo e arca com alguns custos das viagens. Porém, a maior parte dos gastos acaba sendo assumido pelas próprias atletas.
"O maior problema é que as empresas não conhecem a lei, e acabam focadas apenas em projetos de cultura. Isso dificulta estabelecer contatos e firmar parcerias", diz a técnica, almejando mais visibilidade da equipe com os bons resultados.
Somente este ano, a equipe juvenil conquistou dois títulos inéditos: a Copa do Brasil grande trunfo das meninas e o Campeonato Paranaense de conjuntos. A partir de quarta-feira, em Manaus, tenta a sorte no Campeonato Brasileiro da modalidade.
"As meninas mais novas são grandes promessas, e esperamos continuar nosso trabalho, para que elas tenham condições de buscar mais vitórias", diz Bárbara.
As meninas, com cabelos presos, maiôs brilhantes, aparelhos coloridos e muita flexibilidade, mostram a afinidade do estado com a Ginástica Rítmica. A competição na Região Norte terá cinco equipes paranaenses, entre as 14 que disputam o título em categorias que vão do pré-infantil ao adulto.
"O Paraná é um dos estados mais fortes nas competições nacionais, sempre encontramos alguma equipe entre os finalistas e também no pódio", exalta a técnica e coordenadora.
"Ganhar a Copa Brasil foi uma surpresa para nós. Agora para o Brasileiro, as meninas estão mais empolgadas do que nunca, mesmo sabendo que será um torneio ainda mais difícil", prevê Bárbara.
Os títulos recém-conquistados são fruto de um trabalho de muita dedicação das meninas, que treinam quatro horas por dia quatro vezes por semana. "As meninas estão juntas no grupo desde 2008, e a partir de janeiro estavam treinando mais focadas nas competições de conjunto. É um trabalho de longo prazo, que estamos colhendo os frutos agora. Todas se dedicam, pois a ginástica rítmica é um esporte de pequenos detalhes que fazem a diferença entre estar no pódio ou não", fecha a coordenadora.
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