Ativista italiano foi liberado pela polícia após prisão| Foto: Catherine Koppel / Reuters

Doze dias. Foi esse o tempo que demorou até que a polêmica lei antigay russa fosse colocada em prática em Sochi, durante os Jogos Olímpicos de Inverno. Nesta segunda-feira (17), de acordo com as agências internacionais, foi detida a primeira pessoa por suposta apologia gay.

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Trata-se do ativista transgênero italiano Vladimir Luxuria, um ex-deputado comunista que se tornou um defensor dos direitos dos dos transgêneros e personalidade da televisão italiana. Ele foi parado por quatro homens não identificados quando se dirigia a um jogo de hóquei sobre o gelo, dentro do Parque Olímpico, na costa de Sochi.

Nascido Wladimiro Guadagno, Luxuria é uma figura conhecida na Itália. Deputado federal entre 2006 e 2008, é também ator de sucesso na televisão local, cantor e escritor. Ele foi detido quando caminhava pelo Parque Olímpico com uma bandeira com as cores do arco-íris e os dizeres: "Gay is OK" e "It's OK to be gay", em inglês e russo. Logicamente, provocava a lei que veta pune quem faça propaganda homossexual.

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Quando foi levado para fora da área da Shayba Arena, avisava que "eu tenho ingressos". Por conta da fama, ele era acompanhado por diversos repórteres. O jornal italiano Gazzetta Dello Sport inclusive filmou o ativista sendo acompanhado até uma área restrita e colocado dentro de um carro aparentemente adesivado pela organização.

Pelo Twitter, amigos de Luxuria afirmaram que já falaram com ele e que o ativista foi liberado pela polícia. Um líder da comunidade gay italiana escreveu que recebeu um SMS do ativista: "Fui liberada e amanhã estarei de novo em Sochi". Presidente do "Gay Project" italiano, Imma Battaglia disse que recebeu a notícia da liberação de Luxuria pelo ministro do Exterior da Itália, Emma Bonino.