A seleção brasileira masculina de vôlei ganhou diversos títulos nos últimos anos, mas, com uma geração renovada, precisava amadurecer. Pelo menos foi a análise feita pelos jogadores que conquistaram neste domingo (24) a Copa dos Campeões no Japão. Após a vitória por 3 sets a 2 sobre a Itália, em Tóquio, que garantiu ao Brasil o quarto troféu na competição, eles apontaram que este amadurecimento aconteceu ao longo do torneio.
"Hoje (domingo), conseguimos jogar com inteligência, paciência e acredito que o nosso grupo amadureceu muito nesse campeonato passando por situações difíceis. Soubemos construir a competição. Por ser por pontos corridos, não demos mole e conseguimos fazer bons jogos. Os jogadores que estão chegando tinham que sentir o gostinho de ser campeão com a camisa do Brasil em uma competição fora do nosso continente", disse Lucão.
As palavras do central foram entoadas pelo levantador Bruninho. "Precisávamos muito desse título. Batemos na trave na Olimpíada, depois de novo na Liga Mundial desse ano, então era muito importante começar um ciclo olímpico com um título de peso como esse. Enfrentamos as melhores seleções do mundo e estamos muito felizes. Sinto que cada vez mais estou amadurecendo e o mais importante é que temos outros líderes em quadra."
Lucão e Bruninho foram dois dos destaques do time e levaram o prêmio de melhor central e levantador da competição, respectivamente. Outro jogador que teve participação decisiva para o título brasileiro foi o oposto Wallace, segundo maior pontuador do torneio, com 91 pontos, atrás apenas do norte-americano Anderson, que terminou com 104. "Trabalhamos bastante, treinamos muito para sair com esse campeonato na bagagem e espero que esse tenha sido o primeiro de muitos títulos da nossa geração. Vencer vestindo essa camisa é sensacional", disse Wallace.
Quem também comemorou muito o título foi o técnico Bernardinho. Ele não escondeu a felicidade por ver seus comandados superando a traumática derrota para a Rússia, no último sábado. Na ocasião o Brasil seria campeão se vencesse, e depois de abrir 2 sets a 0 acabou levando a virada, situação semelhante à vivida na decisão do ouro olímpico em Londres, ano passado, quando a seleção acabou ficando com a prata.
"Como o grupo iria sobreviver depois da derrota de ontem era muito importante. Um jogo como aquele nos consome física e emocionalmente. Voltar à quadra hoje e jogar um bom voleibol, mesmo que ainda com emoções, saber resistir a tudo aquilo e vencer uma partida é algo que há de ser louvado. A equipe foi um time, os jogadores que entraram deram conta do recado, como o Lipe e o Eder, e todos colaboraram no projeto", avaliou.
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