Os Jogos Pan-Americanos de Toronto começam pegando fogo com a definição dos primeiros medalhistas no dia seguinte à Cerimônia de Abertura. Neste sábado, serão decididos 16 pódios em nove modalidades diferentes. Para o Brasil, existe um foco principal no judô — esporte no qual o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) está apostando muitas de suas fichas para que o país alcance o ousado e sonhado top 10 no quadro geral de medalhas no Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. E os planos da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) em Toronto nunca foram tão ambiciosos.
— Queremos fazer o melhor resultado do país nos Jogos Pan-Americanos. Para isso, nossa meta é medalhar em todas as categorias, em Toronto. Até então, nosso melhor desempenho foi na última edição (Guadalajara-2011) com seis ouros, quatro pratas e três bronzes — afirma Ney Wilson, gestor técnico da CBJ.
Em Guadalajara-2011, o Brasil chegou perto desse objetivo. Só não medalhou na categoria feminina até 63kg. O retrospecto positivo e a promessa de um bom início em Toronto animam a CBJ. Neste sábado, o ligeiro Felipe Kitadai, medalhista de bronze olímpico (Londres-2012) e atual campeão do Pan, é a aposta principal para o Brasil ter um início arrasador no tatame de Toronto.
A estreia de Zanetti
Além da categoria de Felipe, os outros pódios do judô neste sábado serão nas categorias femininas ligeira e meio-leve. Na primeira, Nathália Brígida é a representante do Brasil. Ela entrou no lugar da atual campeã olímpica Sarah Menezes, que vem fazendo uma temporada irregular e ficou no Brasil para treinar com foco no Mundial de Astana, em agosto, que é a principal competição do judô brasileiro neste último ano de ciclo olímpico. No meio-leve, Érika Miranda tenta subir um degrau no pódio após sua medalha de prata em Guadalajara-2011.
Apesar das ausências de Sarah e do pesado Rafael Silva (lesionado), o Brasil está com força máxima no Pan. Para a CBJ, a competição em Toronto será a última oportunidade de ver o comportamento dos judocas brasileiros em uma grande competição multiesportiva. Tanto é que a preparação final para o Pan foi feita em um resort em Mangaratiba, onde será o quartel general do judô brasileiro durante a Rio-2016.
— Transformamos o hotel em um verdadeiro centro de treinamento com, pelo menos, uma sala para cada departamento da CBJ (psicologia, estatística, etc). Nossa ideia era testar no Pan como será nosso treinamento na Rio-2016 — contou Ney, analisando as principais competições em 2015. — O Pan-Americano é muito importante, mas o nosso foco principal está no Mundial de Astana. Lá, estarão os melhores do mundo. Depois do Mundial, o nosso foco se volta totalmente para os Jogos do Rio.
Além do judô, a atenção também será grande em torno da ginástica artística, que terá a definição neste sábado do pódio por equipes. O campeão olímpico Arthur Zanetti é a principal estrela do conjunto brasileiro formado por Arthur Nory, Caio Souza, Francisco Barreto e Lucas Bitencourt. Petrix Barbosa é o reserva. Assim como no caso do judô, o Pan será um excelente teste para a seleção brasileira de ginástica antes do Mundial da Escócia, em agosto, quando tentarão a inédita vaga por equipes nas Olimpíadas.
— Será um evento bem forte, com grandes equipes, como Colômbia e Estados Unidos, mas estamos bem preparados — disse Lucas, de 21 anos, o mais jovem da seleção, ao site da Confederação Brasileira de Ginástica.
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