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Estrutura do Pan carioca será instalada em bairro populoso de Pinhais |
Estrutura do Pan carioca será instalada em bairro populoso de Pinhais| Foto:
  • Ricardo Pinheiro, secretário de esportes da cidade: 

São toneladas de estruturas metálicas que um dia já foram as bases de sustentação de paredes e cobertura para um dos locais de prova dos Jogos Olímpicos do Rio. Há quase dois meses, esse material repousa em um terreno do bairro Maria Antonieta, região com 11 mil habitantes em Pinhais, e ainda aguardará pelo menos mais quatro meses para voltar a ganhar a forma do Velódromo do Pan de 2007.

Em dezembro do ano passado, a prefeitura do município na Região Metropolitana de Curitiba fez um acordo com o Ministério do Esporte (ME) em que herdou o velódromo que custou R$ 14 milhões. A instalação vai custar R$ 24,9 milhões para ser remontada (78% a mais), ainda vai levar pelo menos mais um ano para voltar a ser usada e ainda não há projeto definido para uma equipe de alto rendimento usá-la.

Quando o acordo foi fechado com a prefeitura de Pinhais – depois de o Ministério não conseguir efetivar um arranjo com Goiânia (GO) –, o custo estimado para a transferência era de R$ 20 milhões. Em março deste ano, o ME empenhou os R$ 24,9 milhões para o transporte e remontagem do velódromo no Paraná, com verba do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Além da parte metálica, vieram as estruturas de sustentação da pista, em madeira, os assentos da arquibancada, as coberturas, luminárias, janelas, portas, vidros. O transporte do Rio para Pinhais custou em torno de R$ 1 milhão e o que não está no terreno a céu aberto foi armazenado em um imóvel alugado pela prefeitura com taxas de R$ 10 mil/mensais, também na conta do Ministério. Em junho, o local foi invadido e foi furtada parte da fiação elétrica do velódromo.

O aluguel será pago por pelo menos mais quatro meses, segundo a previsão do secretário municipal de Cultura Esporte e Lazer de Pinhais, Ricardo Augusto Pinheiro. "Estamos com o cronograma em dia. Se começarmos a obra em 1.º de janeiro de 2015, terminamos em junho de 2016, nosso prazo final de entrega", fala.

O presidente da Federação Paranaense de Ciclismo (PFC), Adir Romeo, responsável por administrar os projetos de formação de ciclistas no local, diz ter sido informado de outras datas.

"O secretário me disse que faltava só assinatura de um documento e como a verba foi liberada pelo PAC 2, poderia se facilitar a licitação [via Regime Diferenciado de Contratações – RDC]. O cronograma oficial era para que a montagem do velódromo fosse em junho, agora, tinha me dado a data de que começaria em 28 de agosto", fala.

Ainda não foi definido se haverá uma equipe de alto rendimento para usar um dos dois velódromos cobertos do país (o outro será o olímpico, no Rio). Romeo diz que nos projetos de base terá garotos que estarão em alto nível. "Já tenho 20 garotos entre 17 e 23 anos que já vão ser atletas profissionais, sem contar os cerca de 150 atletas do polo de ciclismo do Paraná, como Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo, Curitiba", disse. A Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), por meio de sua assessoria de imprensa, informou que até o momento não tem nenhum projeto de uso do velódromo em Pinhais.

Pinheiro destaca ainda que a grande vantagem para Pinhais é que a cidade ganhará um complexo esportivo.

"Vamos conversar com a CBC para tentar trazer equipes profissionais para cá. Na área central do velódromo, vamos construir um ginásio poliesportivo para dez modalidades, que poderá receber eventos. Ao lado, temos duas quadras de tênis. Também com a verba liberada pelo ME, vamos fazer um estádio com capacidade para 4 mil lugares em torno do campo de futebol ao lado do velódromo", completa. A contrapartida do município será a manutenção do local, hoje estimado em R$ 20 mil por mês.

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