O jogador australiano de críquete Phillip Hughes, de 25 anos, morreu nesta quinta-feira (27), em Sydney, dois dias depois de ser atingido no pescoço por uma bolada a 140 km/h. Hughes ficou consciente imediatamente e foi levado a um hospital, onde passou por uma cirurgia e foi mantido em coma induzido. No momento da morte, o jogador, que faria aniversário no próximo domingo, estava acompanhado da mãe e dos irmãos.
"Ele não sentiu dor antes de morrer e estava acompanhado da família e amigos mais próximos. Como a comunidade do críquete, nós lamentamos sua perda e extendemos nosso mais profundos sentimentos para a família e amigos de Phillip nessa hora incrivelmente triste", disse o médico da Federação Australiana de Críquete, Peter Brukner, no comunicado da morte. Ao lado dele no pronunciamento estava Michael Clarke, capitão da seleção australiana.
Hughes era rebatedor do South Australia, que enfrentava o News South Wales, na terça-feira (25). O jogador foi atingido por uma bolada no lado esquerdo do pescoço, logo abaixo da área protegida pelo capacete de uso obrigatório. A bola, feita de cortiça e revestida em couro, provocou lesões em veias do pescoço de Hughes, restringindo o fluxo de sangue para o cérebro. Essa obstrução aumentou a pressão intracraniana, cujos efeitos os médicos tentaram reverter, sem sucesso, na cirurgia.
A morte de Hughes, que disputou 26 partidas pela seleção australiana, causou comoção em todo o país e na comunidade britânica. Jogadores e federações de diversos países se pronunciaram e o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, fez um pronunciamento em conforto à família.
"Sua morte é um dia muito triste para o críquete e um dia devastador para sua família. O que aconteceu tocou milhões de australianos. Uma jovem vida interrompida prematuramente durante a prática do nosso jogo nacional é chocante. Ele era amado, admirado e respeitado pelos seus companheiros e por legiões de fãs do críquete", disse Abbott.