O ataque de tubarão ao australiano Mick Fanning, 34, em Jeffreys Bay, na África do Sul, há exatamente um mês, ainda é assunto recorrente entre os membros da WSL (Liga Mundial de Surfe ). Os diretores da entidade estudam propostas para melhorar a segurança dos surfistas e vão até mesmo contratar um consultor independente para cuidar do assunto.
Bióloga explica que tubarão não queria atacar o surfista.
A ideia é que ele oriente os dirigentes e os ajude na escolha dos melhores equipamentos desenvolvidos para a prevenção de ataques de tubarão e que possam ser utilizados durante o campeonato. A liga já recebeu orientação de várias entidades e até de empresas de equipamentos que trabalham com métodos de segurança no mar.
Entre as propostas colocadas no papel pela WSL estão o aumento de barcos e jet skis durante as baterias, a utilização de drone para fiscalizar o local da prova pelo alto e até a implementação do sistema “Shark Shield”, um aparelho eletrônico que emite sinais elétricos, interfere nos receptores sensoriais do tubarão e o espanta. O “Shark Shield” fica preso no tornozelo do surfista e pode ser colocado também nas boias que isolam a área de competição.
“Nós estamos procurando uma pessoa de gabarito e que já trabalhe com esse tipo de segurança para nos ajudar. Precisamos de um consultor para avaliar tudo o que já foi proposto, como mais barcos, drones e o ‘Shark Shield’”, disse Renato Hickel, diretor da WSL. “Vai ser feito uma seleção do que a gente vai usar em termos de tecnologia e, então, vamos apresentar para os atletas”, afirmou.
A direção da entidade vai se reunir com todos os surfistas do Mundial durante a nona etapa do campeonato, que acontece entre os dias 6 e 17 de outubro, em Landes, na França.
Essas novas tecnologias de segurança, porém, só serão utilizadas nas etapas com grande risco de ataques de tubarão, como os casos de Jeffreys Bay, na África do Sul, e de Margaret River, na Austrália.
Hickel já descartou alguns métodos como a implementação de redes no mar para impedir a entrada de tubarões no local de competição. “Existem redes em Gold Coast [na Austrália] e em alguns lugares da África. Mas isso não é 100% seguro e é ainda muito criticado por ecologistas. Queremos utilizar métodos que não agridam o meio ambiente. E óbvio que vamos respeitar as medidas locais também”, afirmou.
O ataque contra Fanning, que é tricampeão mundial, foi algo inédito para a liga. O surfista teve sorte, pois saiu do mar com apenas alguns arranhões.
A área de competição das etapas é sempre monitorada. Em Jeffreys Bay, por ser uma praia perigosa, há sempre uma lancha e dois jet skis na água, que estão lá só para observar a presença de tubarões.
Na areia da praia, há salva-vidas e até olheiros, que estão sempre em alerta.
No caso do mês passado, nada foi visto. Só foram notar a presença do tubarão quando o animal já estava atacando Fanning.
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