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Taiana e Fernanda Berti comemoram com o mascote da competição a vitória na semifinal. | Divulgação/FIVB
Taiana e Fernanda Berti comemoram com o mascote da competição a vitória na semifinal.| Foto: Divulgação/FIVB

Pela segunda vez na história, a final de um Mundial de Vôlei de Praia será entre duas duplas do mesmo país. E, assim como em 2011, o Brasil é responsável pelo feito. Nesta sexta-feira, em Haia (Holanda), Fernanda Berti e Taiana venceram Holtwick/Semmler, da Alemanha, para chegar de forma surpreendente à decisão. Na sequência, Agatha e Bárbara Seixas ganharam o confronto brasileiro contra Juliana e Maria Elisa.

Foi o terceiro jogo decisivo seguido de Ágatha/Bárbara contra Juliana/Maria Elisa. Afinal, as rivais brasileiras fizeram as finais das últimas duas etapas do Circuito, com título de Juliana/Maria Elisa em Porec (Croácia) e Ágatha/Bárbara em St. Petersburg (EUA).

O desempate veio num jogo equilibrado nesta sexta-feira, decidido apenas nos detalhes. Melhor para Ágatha e Bárbara, que venceram por 24/22 e 21/19. Aos 28 anos, Bárbara garantiu sua segunda medalha em dois Mundiais, depois de ter sido bronze com Lili em 2013, na Polônia. Ágatha também está no seu segundo Mundial. Há dois anos, foi eliminada de forma precoce ao lado de Maria Elisa.

A final entre duas duplas brasileiras garante ao país seu quinto título mundial em 10 edições do evento. O Brasil foi campeão das três primeiras edições (1997 com Sandra Pires/Jaqueline e 1999-2001 com Adriana Behar/Shelda) e voltou a subir ao lugar mais alto do pódio em 2011, com Juliana/Larissa.

O país tem a chance de conquistar ainda um feito inédito, diante da possibilidade de colocar três duplas no pódio. Além de 2001, com Tati/Sandra Pires vice-campeãs, o Brasil também teve dois times medalhistas em 2009, quando Larissa/Talita ficou com a prata e Talita/Maria Elisa com o bronze.

As duplas se inverteram este ano e se enfrentaram nas oitavas de final, com Juliana/Maria Elisa vencendo Larissa/Talita. Como Juliana/Maria Elisa caiu diante de Ágatha/Bárbara, o Brasil segue sem ter perdido para rivais estrangeiros no mata-mata do Mundial da Holanda. Até agora, a única derrota foi de Juliana/Maria Elisa, para um time alemão, na fase de grupos.

Neste sábado, elas disputam o bronze contra outro time da Alemanha, Holtwick/Semmler, a partir das 15h de Brasília. A final brasileira será tem início previsto para as 16h. A fase final do Mundial acontece em Haia.

Zebra

Fernanda Berti e Taiana só estão disputando o Campeonato Mundial porque Maria Clara Carol passaram parte do ano passado separadas. Como perderam etapas importantes do Circuito Mundial (do qual haviam sido vice-campeãs em 2013), as irmãs individualmente, somaram menos pontos que Fernanda Berti e Taiana em 2014.

Apesar de não ter conquistado nenhuma medalha em nove etapas do Circuito Brasileiro, Fer Berti/Taiana acabou ficando com a quarta vaga do Brasil no Mundial graças aos resultados de 2014. Nas etapas do Circuito Mundial/2015, entretanto, precisaram jogar o country-cota. Perderam de Lili/Carol Horta em Moscou (Rússia) e Porec (Croácia) e ficaram no quali de Stavanger (Noruega). Quando não houve necessidade de country-cota, terminaram com o bronze em St. Petersburg (EUA).

No Mundial, mostraram regularidade. Em sete jogos, venceram 14 sets e só perderam um, para Bawden/Clandy, da Austrália. Mas não precisaram enfrentar, até aqui, nenhum time de Brasil, EUA ou Holanda.

Na semifinal desta sexta-feira, Fernanda Berti deu show no bloqueio. A dupla brasileira não deixou o time alemão impor seu ritmo em nenhum momento da partida e venceu de forma merecida, por 21/12 e 21/15.

A classificação da dupla à final é também uma vitória da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Afinal, Fernanda Berti era jogadora de vôlei de quadra e foi convidada pela CBV para mudar para a areia. A entidade levou-a à então seleção brasileira de vôlei de praia, mesmo sob críticas. Deu rodagem à atleta, que fez 30 anos durante o Mundial, e agora celebra a aposta acertada.

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