Rafael Nadal espera que título no Brasil seja ponto de partida para retomar melhor forma na carreira| Foto: Reuters

Em 2005, o jovem Rafael Nadal, então com 18 anos, conquistou seu segundo título da carreira no Brasil Open, ainda na condição de promessa. Oito anos e 11 títulos de Grand Slam depois, o espanhol espera que o bicampeonato na competição brasileira sirva de "recomeço" em sua trajetória no circuito.

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"O que realmente conta na carreira de um atleta são os títulos. Estou muito feliz por vencer aqui pela segunda vez. Pode ser um recomeço", afirmou o ex-número 1 do mundo, que busca a reabilitação no tênis profissional após ficar afastado por sete meses para tratar uma lesão no joelho esquerdo.

O tom de recomeço no Brasil se deve principalmente ao revés sofrido na semana passada. Em Viña Del Mar, o espanhol chegou às finais de simples e duplas. Mas perdeu as duas. As derrotas aumentaram a desconfiança sobre sua condição física. As vitórias obtidas no Brasil Open, nesta semana, não melhoraram seu status do momento.

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Contudo, surpreendeu a torcida neste domingo ao exibir grande performance no seu teste mais difícil em seu retorno, o confronto com o experiente David Nalbandian, outro especialista em saibro.

"Hoje fiz minha melhor partida", avaliou Nadal, que disse ter sentido poucas dores no joelho durante a decisão. Evidentemente, quando não sinto dor, o tênis é melhor, minha cabeça fica melhor. Mentalmente, estou forte", garantiu.

Nadal, que contou com a torcida ilustre de Ronaldo e Anderson Silva, disse se inspirar no ex-atacante em sua recuperação. Assim como o tenista, o ex-jogador teve problemas nos joelhos durante sua carreira.

"Ronaldo é um exemplo para muitos por tudo que conquistou, por todos os problemas que enfrentou, as operações complicadas que fez. É difícil voltar depois destes problemas e ganhar a Bola de Ouro [da Fifa] e a Copa do Mundo [em 2002]. É um exemplo de superação e trabalho", elogiou.

Nadal também disse estar feliz pelo "recomeço" no Brasil por causa da familiaridade com o povo brasileiro. "Me sinto bem no Brasil porque as condições são parecidas com as do meu país. Consigo me fazer entender, me comunicar perfeitamente. O clima e as pessoas são agradáveis. Aqui me sinto mais em casa do que em outros lugares", revelou. "Não pude conhecer a cidade, mas espero poder voltar de férias e não a trabalho".

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