O espanhol Rafael Nadal disse não estar assustado com a proliferação do vírus da zika no Brasil. O tenista, que ocupa a quinta posição do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), está no Rio para disputar o Aberto do Rio, que começou nesta segunda-feira (15).
“Estão fazendo o melhor possível para evitar os riscos. Eu não estou assustado. Sei dos riscos, mas estou feliz por estar aqui [no Rio] de novo”, disse Nadal em entrevista coletiva.
O fantasma do vírus da zika assombra o principal evento esportivo do planeta neste ano: os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio, que ocorrerão entre 5 e 21 de agosto e 7 e 18 de setembro, respectivamente.
Autoridades e atletas já se manifestaram sobre o problema, como a nadadora espanhola Mireia Belmonte, detentora de duas pratas em Londres-2012, que cogitou desistir de participar do megaevento.
Indagados, cartolas também afirmaram que seus países poderiam abrir mão de vir ao Rio, mas foram imediatamente desmentidos publicamente.
Para Nadal, o assunto não é tão grave assim. “Sinceramente, vejo as pessoas vivendo com total normalidade aqui. Vejo todos passeando na praia e frequentando restaurantes. Levam a vida completamente normal. Não quero criticar os meios de comunicação, mas quando se tem uma notícia negativa, todo o dia se fala o mesmo, e a notícia fica maior do que é”, disse Nadal.
“Agora se fala do vírus da zika, mas há um evento mundial de tênis que não foi cancelado. Está tudo normal. Se fosse uma catástrofe, não estaria toda essa normalidade”, afirmou o espanhol, estreia no Aberto do Rio nesta terça-feira (16) contra o compatriota Pablo Carreño Busta, 66º do mundo.
Na última sexta (12), o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, afirmou que nenhum país pretende boicotar os Jogos Olímpicos do Rio.
O vírus da zika já atingiu pelo menos 25 países e territórios das Américas, além de Ásia e África. O Brasil é a região mais afetada --a estimativa é que o país tenha registrado entre 500 mil e 1,5 milhão de infectados no ano passado.