O custo atual do projeto do estádio olímpico de Tóquio para os Jogos de 2020 desenhado pela arquiteta Zaha Hadid poderia chegar aos 300 bilhões de ienes (R$ 4,7 bilhões), segundo revelou nesta quarta-feira o governo japonês.
O ministro japonês para as Olimpíadas, Hakubun Shimomura, revelou a quantidade, que quase triplica o orçamento inicial, perante uma comissão parlamentar e reconheceu que o governo considerará reduzir o projeto já que o valor é "muito alto".
O plano original desenhado pela arquiteta Zaha Hadid consiste em demolir o Estádio Nacional, construído para os Jogos de Tóquio 1964, e substutuí-lo por um novo com capacidade de 80 mil pessoas e teto retrátil.
O custo inicial do projeto era de 130 bilhões de ienes (R$ 2,8 bilhões) e a ideia do governo é que o novo estádio esteja pronto em março de 2019, a tempo para a realização da Copa do Mundo de Rubgy que o Japão sediará entre setembro e outubro do ano em questão.
O megaprojeto de remodelação suscitou a polêmica no Japão precisamente por que alguns dos arquitestos mais prestigiados do país os criticaram por seu caráter faraônica.
Neste sentido, o arquiteto japonês Fumihiko Maki planeja iniciar no final de mês uma campanha para pedir que a obra seja reconsiderada e conta já com o apoio de celebridades e colegas de renome, com Toyo Ito ou Kengo Kuma.
"Os problemas que encontro no planejamento do estádio estão todos relacionados com seu tamanho", detalhou Maki na publicação mensal da Associação de Arquitetos do Japão.
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