Depois de treinar o Coritiba Crocodiles, o ex-jogador da NFL Johnny Mitchell vai treinar o Opção Pyros, de Maringá.| Foto: Reprodução/Youtube

O Campeonato Paranaense de Futebol Americano começa neste sábado (28) com o reforço de três técnicos estrangeiros: Johnny Mitchell no Opção Pyros, Shailan Patel no Paraná HP e Wayne Lucero do UFPR Brown Spiders.

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A presença estrangeira tenta elevar o nível da competição estadual, já considerada uma das melhores do país, com base na experiência vivida pelos treinadores em países onde a modalidade é bastante popular. São oito times em busca do título.

Johnny Mitchell, norte-americano e ex-jogador da NFL, que já foi campeão brasileiro como treinador pelo Coritiba Crocodiles, agora assume o comando do Pyros, time maringaense. Ele sabe que existe uma grande diferença de nível entre o esporte no Brasil e na terra do tio Sam, por isso faz um trabalho aprofundado com os jogadores. “Aqui temos que trabalhar muito mais a parte teórica e tática, pois nem todos os atletas chegam dominando as regras e sabendo o que fazer”, diz.

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Quarterback do Opção Pyros, Bruno Miyasaki exalta a importância de ter na equipe alguém tão experiente no esporte como Mitchell, mas admite que o treinador terá algumas dificuldades. “Diferente de jogadores dos Eestados Unidos por exemplo, a gente não vive disso. Fazemos isso porque gostamos, mas também trabalhamos, estudamos. Então é difícil conciliar horários dos treinos entre os atletas”, afirma.

Para Shailan Patel, canadense que já viveu no Canadá e nos Estados Unidos e agora treina o Paraná HP, equipe curitibana, diz que o Paraná é o estado mais inovador do país no esporte. O coach afirma que o que falta no Brasil é o conhecimento melhor do jogo e a sequência de jogos. “Eu vejo o esporte crescendo no Brasil em uma velocidade muito acima que no restante do mundo. Eu vim pra cá trabalhar com o esporte há sete anos e vejo uma diferença enorme desde então”, aponta.

Um dos atletas treinados por Patel, Carlos Copi Jr., safety do Paraná HP, fala que a disciplina que os americanos aplicam no esporte é muito grande e isso pode fazer a diferença no Brasil. “O atleta brasileiro se entrega ao futebol americano e estuda e treina muito. A diferença são os anos de prática. Os americanos começam a jogar com nove, dez anos de idade”. Carlos vê um bom futuro para o esporte por aqui. “A próxima geração vai estar em um nível bem mais avançado”, projeta.

Wayne Lucero, americano vindo de South Lake Tahoe na Califórnia, além de cornerback tornou-se também treinador do UFPR Brown Spiders. Lucero afirma que precisa ser, além de atleta, professor dentro de campo. “Quando você chega aqui já com a experiência de ter jogado lá nos Estados Unidos, você precisa fazer mais do apenas jogar, precisa ensinar, pois aqui não se tem tanto conhecimento sobre a técnica”.

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Companheiro de Wayne no Brown Spiders, Tiago Tuleski vê um respeito maior da equipe por um treinador estrangeiro. “Os atletas passam a respeitar mais por ele ser estrangeiro e ter uma experiência no exterior, ouvem mais o que ele fala”. A adaptação ao técnico gringo, porém, é complicada. “Muita gente tem dificuldade de fazer aquilo que ele pede. Mas é pela questão da diferença na disciplina, diferença cultural, aos poucos vamos fazendo dar certo”, completou Tuleski.